Manifestação da greve já durava seis horas e
meia e denuncia a situação das universidades públicas, que sofreram cortes no
orçamento; protesto pressiona por avanços nas negociações
Professores e estudantes prosseguiam em vigília nos
jardins da Reitoria da UFF, por volta das 21 horas, após terem bloqueado no
início da noite por cerca de 40 minutos total ou parcialmente as pistas da
Praia de Icaraí.
A manifestação busca chamar atenção para o que está acontecendo com as
universidades públicas federais do país, cujo funcionamento está quase inviabilizado
devido aos cortes orçamentários promovidos pelo governo Dilma. “Tem dinheiro
para banqueiro, mas não tem para a educação, os cortes são seletivos. Tem
dinheiro para Copa [do Mundo], tem dinheiro para as desocupações de trabalhadores,
mas não tem para saúde, para moradia”, disse o professor Juarez Duayer, da direção da
Aduff-SSind.
Participaram do bloqueio às pistas, além de professores
e estudantes, trabalhadores do movimento sem-teto, que integram a ocupação ‘Seis
de Abril’, em Pendotiba, e demitidos
que integram o movimento “SOS Emprego’. Principalmente trabalhadores terceirizados
do Comperj demitidos sem receber as indenizações trabalhistas e ainda com
salários atrasados.
A
atividade fez parte do dia nacional de protestos nas reitorias convocado pelo
Comando Nacional de Greve do Andes-SN, com o objetivo de pressionar o governo a
ceder nas negociações. E reivindicar a reversão dos cortes orçamentários. A educação pública perdeu quase R$ 12
bilhões do orçamento de 2015, em decorrência da política de ‘ajuste fiscal’ do
governo. A redução de recursos vem comprometendo o funcionamento das
universidades.
Durante a
vigília, velas foram acesas nos jardins da Reitoria, numa referência ao recente
‘apagão’ ocorrido em alguns campi por atraso no pagamento das contas de
energia. A atividade transcorre à noite ao som do forró do grupo “Sotaque do
Nordeste”.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Fotos: Vigília nos jardins da
Reitoria da UFF e bloqueio das pistas da Praia de Icaraí
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