Próxima assembleia acontece no dia 1
de setembro (terça-feira), às 15h. Local será divulgado em breve
Reunidos em assembleia
geral na tarde desta quinta-feira (20), os professores da Universidade Federal
Fluminense (UFF) votaram pela continuidade e fortalecimento da greve docente na
instituição. Foram 171 votos favoráveis à manutenção do movimento grevista contra
9 contrários. Não houve abstenções. A avaliação da maioria dos presentes é de
que esse é o momento de mostrar ao governo que além do índice de reajuste, os
docentes da UFF exigem repostas para os demais pontos de pauta da categoria,
que se configuram como estruturantes das instituições públicas de ensino e são essenciais
para o funcionamento pleno de uma universidade pública, gratuita e de
qualidade.
Em reunião
de negociação entre o Ministério de Planejamento e Gestão (MPOG) e o Fórum dos
Servidores Públicos Federais, o governo propôs reajuste salarial de 21,3% dividido
em 4 anos e sinalizou aumento no auxílio-creche, saúde e alimentação; ganhos
extremamente inferiores às reivindicações salariais e que sequer repõem as
perdas inflacionárias, mas que só foram obtidos pela força da greve. Entretanto,
após quase três meses de mobilização, o Ministro da Educação, Renato Janine
ainda não recebeu o Comando Nacional de Greve (CNG) e o Sindicato Nacional
(ANDES-SN) para debater a pauta específica dos docentes. Desse modo, os
professores da UFF mantiveram a greve com o objetivo de intensificar a pressão
sobre o governo para revogar os cortes no orçamento da Educação e forçar o MEC
a dialogar com o movimento.
Na pauta específica
dos professores das universidades federais, os docentes reivindicam que o
Ministério da Educação se posicione contrário à contratação por OS nas federais,
elabore um cronograma para concurso público e de finalização das obras, entre
outros. Em assembleia, os docentes da UFF também voltaram a defender que o
reitor da universidade Sidney Mello se posicione em relação à pauta interna e
se comprometa com a realização de concurso público para professores e técnicos-administrativos
efetivos do quadro, em especial onde mais se destacam as precárias condições de
trabalho como no COLUNI, na Creche UFF e no HUAP; com o pagamento dos
terceirizado; com a descentralização dos procedimentos administrativos e
acadêmicos em todos os campi fora da sede; e com a abertura de novos campis avançados
apenas quando a administração puder garantir condições plenas de funcionamento
e permanência estudantil.
Outras deliberações:
- Atividade de luta no dia 24, data da
reunião dos 3 segmentos com o Comitê Gestor. Reunidos na maior instância de
deliberação da categoria, os professores da UFF também deliberaram pela
realização de uma atividade de luta no dia 24 de agosto (segunda-feira), quando
o comando de greve dos três segmentos se reúne novamente com o Comitê Gestor
indicado pelo reitor. O encontro acontece às 15h, na reitoria. A proposta do
Comando Local de Greve (CLG) dos docentes é que os professores construam a
atividade em conjunto com estudantes e técnicos-administrativos.
A assembleia
também aprovou que a representação docente leve à reunião com o Comitê Gestor as
seguintes propostas: 1) Adiamento da Semana Acadêmica 2015 com futura
renegociação de acordo com calendário de reposição; 2)que não tenha relatório
parcial de Desenvolvimento Acadêmico, ficando os trabalhos desenvolvidos a
serem registrados no relatório final; 3)que na Semana Acadêmica 2015 não tenha
avaliação com pontuação e premiação dos trabalhos de monitoria, extensão e
desenvolvimento acadêmico, sendo a Agenda Acadêmica um espaço de troca de
experiências; 4) que os projetos de extensão sejam incluídos no sistema pelos
departamentos, possibilitando que os professores não sejam obrigados a realizar
relatório nesse momento; 5) não obrigatoriedade da inscrição na agenda para os
orientadores e a garantia de não sermos punidos com a perda da bolsa no ano
seguinte.
- Participação na Caravana Nacional em
Brasília, nos dias 27 e 28 de agosto. A participação do ANDES-SN na
Caravana foi no CONAD (Conselho Nacional de Docentes), realizado na semana
passada, em Vitória.
- Participação no ato do dia 25 de agosto no
Rio, em unidade com os movimentos sociais, de desconstrução da falsa
dicotomia dos dias 16 e 20 de agosto, a partir das 16h, na Candelária. A saída
é pela esquerda. Somente os trabalhadores na rua, de forma organizada, são
capazes de reverter o ajuste fiscal e conquistar condições dignas de vida e de
trabalho para todos.
- Solicitar
ao presidente do Conselho Universitário uma audiência pública para apresentação
e discussão das contas e impacto do contingenciamento de recursos no orçamento
de 2015 da UFF
- Notas de
Repúdios ao edital de bolsa de monitoria voluntária lançado pela UFF e ao
convênio firmado pela reitoria da UFF com a CEDERJ para a oferta de até 20% de
disciplinas na modalidade de Educação à Distância nos cursos presenciais
regulares.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Foto: Zulmair Rocha
- Moção de repúdio à Monitoria
Voluntária:
"Diante da notícia de regulamentação e
publicação de edital para monitoria voluntária na UFF, a assembleia docente
repudia tal prática. Temos o entendimento que além do caráter de formação
docente, as bolsas de monitoria também cumprem o papel de permanência dos
alunos na Universidade. Não iremos aceitar mais esse ataque às bases da
universidade pública, transferindo para a universidade os custos impostos pelo
ajuste fiscal".
- Moção de repúdio ao convênio entre a UFF e
o CEDERJ
"A Assembleia de professores repudia o
convênio firmado pela reitoria da UFF com o CEDERJ para a oferta de até
20% de disciplinas na modalidade de Educação a Distância nos cursos presenciais
regulares".
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Foto: Zulmair Rocha
Passei na UFF agora no segundo semestre e sou super à favor da greve! Continuem lutando.
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