quinta-feira, 16 de julho de 2015

Professores, estudantes e técnicos vão ao CEP defender suspensão do calendário


Representantes dos comandos em greve são recebidos pelo Comitê Gestor e reivindicam que reitor negocie a pauta unificada   



Na tarde dessa quarta-feira (15), professores, técnico-administrativos e estudantes compareceram à reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CEP para reivindicar, mais uma vez, a suspensão do calendário escolar, com garantia de reposição integral das aulas para os alunos em greve.


O conselheiro discente Luan Cândido defendeu que o próximo período não comece sem que o primeiro semestre acabe, apresentado proposta de resolução que também solicita que o sistema de lançamento de notas permaneça aberto durante a greve; que o quadro de disciplinas do segundo semestre de 2015 não seja inserido no sistema antes que a greve termine; que haja a prorrogação do prazo da entrega dos relatórios de desenvolvimento acadêmico; e que a matrícula presencial dos estudantes ingressos pelo SISU seja realizada somente para após o final do movimento grevista na UFF. Uma proposta contrária, defendendo a manutenção do calendário, foi encaminhada pelo Chefe de Departamento do curso de Física, lida pela conselheira docente, Andréa Latgé.

Presidindo a sessão, o vice-reitor Antonio Claudio Nóbrega alegou que não havia elementos para discutir o calendário acadêmico naquele momento e que as duas propostas seriam encaminhadas às Câmaras Técnicas. Disse ainda que a administração superior irá se manifestar antes da próxima reunião do CEP.

O vice-reitor suspendeu a sessão por alguns minutos e permitiu que a professora Renata Vereza, pelo Comando Local de Greve dos Docentes, fizesse uma defesa da suspensão do calendário. Ela argumentou que a medida é uma questão política, que protege aqueles que estão paralisados na universidade desde o dia 28 de maio.  “A greve é uma realidade desigual na UFF. Há locais que contam com 100% de paralisação, principalmente nas unidades fora de sede. Existem colegiados que decidiram, por exemplo, não lançar as notas no sistema. A resolução aprovada pelo CEP, que garante o trancamento de matrícula dos estudantes após o término da greve na UFF, é uma punição para o aluno grevista, porque o obriga a perder todo o semestre letivo. Não estamos em greve por motivos pessoais, mas sim em defesa do ensino público, consternados em relação ao caos que vivenciamos na universidade”, disse.

Negocia, reitor!


Pouco antes da realização da reunião do CEP, representantes dos comandos grevistas da UFF estiveram reunidos com o Comitê Gestor da Universidade para solicitar mais uma vez à reitoria, a abertura de negociação da pauta unificada de reivindicações. Novamente, o reitor Sidney Mello esteve ausente. Os três segmentos entregaram um ofício pedindo ao magnífico que indique uma comissão com poder de deliberação para efetivamente negociar com os comandos em greve na instituição. Sugeriram que o primeiro encontro aconteça no próximo dia 17 ou ainda no dia 20.

Pelos respectivos comandos locais de greve compareceram Renata Vereza e Nina Tedesco (docentes); Pedro Rosa e Lígia Martins (técnico-administrativos); Anadelhy Figueiredo e Mayara Secco (discentes). Pela administração central, estiveram os pró-reitores Túlio Franco (Progepe), Neliton Ventura (Proad), Sérgio Mendonça (Proaes) e Jailton Gonçalves (Proplan), além do chefe de gabinete, José Rodrigues. 

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