quinta-feira, 2 de julho de 2015

Assembleia mantém greve e rejeita proposta rebaixada do governo


Da Redação da Aduff-SSind
Foto: Docentes durante a assembleia desta quinta-feira (2)
Luiz Fernando Nabuco/ Aduff-SSind


Em assembleia realizada na tarde dessa quinta-feira (2), docentes da UFF reafirmaram a manutenção e o fortalecimento da greve na universidade por 155 votos favoráveis, 12 contrários e uma abstenção. O livro de presenças foi assinado por 182 professores. Eles também rejeitaram a proposta de reajuste salarial, que fixa previamente parcelas de reajuste anual de 2016 e 2019, apresentada pelo Ministério Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog). 

Confirmaram ainda a participação nas atividades dos próximos dias 6 e 7 em Brasília, respectivamente a Reunião da Educação Federal e a Caravana em Defesa da Educação Pública. E aprovaram a proposta de solicitar ao reitor a indicação de membros da administração central, com efetiva autonomia de negociação e deliberação, para receber o Comando Local de Greve entre os dias 9 e 10 de julho, para dar início às negociações.

Outros encaminhamentos também foram discutidos e aprovados: intensificar o envio de cartas e comunicados aos parlamentares, solicitando que se manifestem no Congresso contra os cortes na Educação e contra a contratação de professores por Organizações Sociais (OS) e outras medidas privatistas do ensino superior; propor ao Comando Nacional de Greve (CNG) o contato com reitores que se posicionam contra a política de desmonte do ensino superior empreendida pelo governo federal para formar uma frente de reitores; indicar ao Comando Local de Greve a redação de um documento para discutir a questão do calendário acadêmico na universidade; enviar comunicados aos jornais denunciando o autoritarismo do reitor, que não recebe o Comando de Greve para negociar; realizar vigílias durante as possíveis reuniões entre os representantes do Comando Local de Greve e a reitoria.

Também foi aprovada moção de repúdio ao conteúdo da emenda aprovada na madrugada desta quinta (2) pela Câmara, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos em crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. A moção também repudia a manobra regimental de Eduardo Cunha, presidente da Casa, que feriu princípios democráticos e constitucionais para aprovar a proposta derrotada em sessão parlamentar do dia anterior.


A próxima assembleia acontece no dia 13 de julho, segunda-feira, às 15h, no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia - Bloco P/ Campus do Gragoatá.