Foto: Docentes durante a assembleia desta quinta-feira (2)
Luiz Fernando Nabuco/ Aduff-SSind
Em
assembleia realizada na tarde dessa quinta-feira (2), docentes da UFF
reafirmaram a manutenção e o fortalecimento da greve na universidade por 155
votos favoráveis, 12 contrários e uma abstenção. O livro de presenças foi
assinado por 182 professores. Eles também rejeitaram a proposta de reajuste
salarial, que fixa previamente parcelas de reajuste anual de 2016 e 2019, apresentada pelo
Ministério Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog).
Confirmaram ainda a
participação nas atividades dos próximos dias 6 e 7 em Brasília, respectivamente
a Reunião da Educação Federal e a Caravana em Defesa da Educação Pública. E
aprovaram a proposta de solicitar ao reitor a indicação de membros da administração central, com efetiva
autonomia de negociação e deliberação, para receber o Comando Local de Greve entre
os dias 9 e 10 de julho, para dar início às negociações.
Outros
encaminhamentos também foram discutidos e aprovados: intensificar o envio de
cartas e comunicados aos parlamentares, solicitando que se manifestem no
Congresso contra os cortes na Educação e contra a contratação de professores
por Organizações Sociais (OS) e outras medidas privatistas do ensino superior;
propor ao Comando Nacional de Greve (CNG) o contato com reitores que se
posicionam contra a política de desmonte do ensino superior empreendida pelo
governo federal para formar uma frente de reitores; indicar ao Comando Local de
Greve a redação de um documento para discutir a questão do calendário acadêmico
na universidade; enviar comunicados aos jornais denunciando o autoritarismo do
reitor, que não recebe o Comando de Greve para negociar; realizar vigílias
durante as possíveis reuniões entre os representantes do Comando Local de Greve e a
reitoria.
Também
foi aprovada moção de repúdio ao conteúdo da emenda aprovada na madrugada desta quinta (2) pela Câmara, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos em crimes
hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. A moção também
repudia a manobra regimental de Eduardo Cunha, presidente da Casa, que feriu
princípios democráticos e constitucionais para aprovar a proposta
derrotada em sessão parlamentar do dia anterior.
A
próxima assembleia acontece no dia 13 de julho, segunda-feira, às 15h, no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia - Bloco P/ Campus do Gragoatá.