Por Lara Abib
Foto: Luiz Fernando Nabuco - Detalhe da assembleia do dia 25 de junho, quando os professores aprovaram a manutenção da greve e a participação no ato do dia 1/7
Foto: Luiz Fernando Nabuco - Detalhe da assembleia do dia 25 de junho, quando os professores aprovaram a manutenção da greve e a participação no ato do dia 1/7
Na próxima
quarta-feira, 1° de julho, docentes, técnico-administrativos e estudantes irão
realizar um grande ato em frente à reitoria para exigir que a administração
central da Universidade Federal Fluminense (UFF) receba os comandos locais de
greve, se posicione a respeito das demandas unificadas dos três setores e responda
as pautas específicas de cada segmento.
O ato foi
proposto na plenária unificada de greve na UFF e referendado pelos comandos
locais de cada categoria. A concentração para o ato começa às 13h, em frente ao
Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), com oficina de cartazes, e às 14h,
o ato chega à reitoria. Às 16h, a comunidade acadêmica da UFF realiza um debate
sobre a universidade pública no Brasil, com presença de Soraya Smaili (reitora
da Unifesp) e de Roberto
Leher (reitor eleito da UFRJ) e
representantes do ANDES-SN, FASUBRA, Oposição de Esquerda da UNE e Anel. O
local da atividade será o Cine Arte UFF. Às 19h, o dia de mobilização será encerrado com um "arraiá da greve".
A atividade
foi pensada para o período da tarde para possibilitar a participação de
estudantes, professores e técnico-administrativos da UFF fora de sede. A ideia
é que os comandos locais de greve no interior se organizem para participar do
dia 1° de julho em Niterói. Como acontece nas assembleias da categoria, professores
de fora da sede podem solicitar o reembolso da passagem para o deslocamento,
mediante a apresentação dos comprovantes. Entretanto, o Comando Local de Greve
(CLG) sugere que os docentes priorizem o fretamento de ônibus e vans, que podem
ser organizadas com estudantes e técnico-administrativos. O CLG também irá
disponibilizar espaço recreativo na sede da Aduff-SSind para que professores
com filhos pequenos possam participar das atividades.
Até agora, reitor da UFF recusa
diálogo
Desde que a
greve foi deflagrada, em 28 de maio, o reitor da UFF, Sidney Mello, se nega a
dialogar com o movimento grevista. E as
estruturas superiores da universidade seguem seu exemplo. Vale ressaltar que as duas últimas reuniões
do Conselho Universitário - no dia 27 de maio, véspera da greve, e, novamente, no
dia 24 de junho - foram suspensas por falta de quórum. O reitor da UFF também
judicializou questões internas da universidade, impetrando interditos
proibitórios contra o Sintuff e chamando a Polícia Federal contra piquetes,
tratando os movimentos organizados pela via repressiva. Sidney ainda disseminou
informações falsas para ausentar-se de acordos já estabelecidos. Após ter
assinado um compromisso com os estudantes, em 29 de maio, comprometendo-se,
entre outras coisas, a realizar reuniões de negociação com os comandos de greve
dos três segmentos e com os trabalhadores terceirizados, ele e seu comitê
gestor cancelaram as reuniões agendadas, apresentando como justificativa a informação
falsa de que a reitoria havia sido ocupada pelos estudantes.
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