sexta-feira, 26 de junho de 2015

No dia 1° de julho, greve dos três segmentos irá à reitoria exigir atendimento imediato da pauta de reivindicações


DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Lara Abib
Foto: Luiz Fernando Nabuco - Detalhe da assembleia do dia 25 de junho, quando os professores aprovaram a manutenção da greve e a participação no ato do dia 1/7

Na próxima quarta-feira, 1° de julho, docentes, técnico-administrativos e estudantes irão realizar um grande ato em frente à reitoria para exigir que a administração central da Universidade Federal Fluminense (UFF) receba os comandos locais de greve, se posicione a respeito das demandas unificadas dos três setores e responda as pautas específicas de cada segmento.


O ato foi proposto na plenária unificada de greve na UFF e referendado pelos comandos locais de cada categoria. A concentração para o ato começa às 13h, em frente ao Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), com oficina de cartazes, e às 14h, o ato chega à reitoria. Às 16h, a comunidade acadêmica da UFF realiza um debate sobre a universidade pública no Brasil, com presença de Soraya Smaili (reitora da Unifesp) e de Roberto Leher (reitor eleito da UFRJ) e representantes do ANDES-SN, FASUBRA, Oposição de Esquerda da UNE e Anel. O local da atividade será o Cine Arte UFF. Às 19h, o dia de mobilização será encerrado com um "arraiá da greve".


A atividade foi pensada para o período da tarde para possibilitar a participação de estudantes, professores e técnico-administrativos da UFF fora de sede. A ideia é que os comandos locais de greve no interior se organizem para participar do dia 1° de julho em Niterói. Como acontece nas assembleias da categoria, professores de fora da sede podem solicitar o reembolso da passagem para o deslocamento, mediante a apresentação dos comprovantes. Entretanto, o Comando Local de Greve (CLG) sugere que os docentes priorizem o fretamento de ônibus e vans, que podem ser organizadas com estudantes e técnico-administrativos. O CLG também irá disponibilizar espaço recreativo na sede da Aduff-SSind para que professores com filhos pequenos possam participar das atividades.


Até agora, reitor da UFF recusa diálogo


Desde que a greve foi deflagrada, em 28 de maio, o reitor da UFF, Sidney Mello, se nega a dialogar com o movimento grevista.  E as estruturas superiores da universidade seguem seu exemplo.  Vale ressaltar que as duas últimas reuniões do Conselho Universitário - no dia 27 de maio, véspera da greve, e, novamente, no dia 24 de junho - foram suspensas por falta de quórum. O reitor da UFF também judicializou questões internas da universidade, impetrando interditos proibitórios contra o Sintuff e chamando a Polícia Federal contra piquetes, tratando os movimentos organizados pela via repressiva. Sidney ainda disseminou informações falsas para ausentar-se de acordos já estabelecidos. Após ter assinado um compromisso com os estudantes, em 29 de maio, comprometendo-se, entre outras coisas, a realizar reuniões de negociação com os comandos de greve dos três segmentos e com os trabalhadores terceirizados, ele e seu comitê gestor cancelaram as reuniões agendadas, apresentando como justificativa a informação falsa de que a reitoria havia sido ocupada pelos estudantes.

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