quarta-feira, 19 de agosto de 2015

No Rio, servidores públicos vão às ruas contra ajuste fiscal e em defesa de direitos


Na tarde desta terça-feira (19), cerca de 600 pessoas, entre servidores de diversos segmentos do funcionalismo público federal e estudantes das universidades federais em greve do Rio de Janeiro, foram às ruas convocar a população carioca para a luta em defesa do serviço público, pela manutenção e ampliação de direitos sociais e contra o ajuste fiscal de Dilma e Levy. O ato saiu da Cinelândia às 16h, onde desde cedo os servidores estavam acampados (veja mais em:http://grevedauff2015.blogspot.com.br/…/servidores-federais…), e terminou em frente ao prédio do Ministério da Fazendo no Rio.
Os trabalhadores não podem aceitar pagar pela crise!
O ato unificado dos servidores federais e estudantes levou às ruas a defesa do SUS 100% público, da educação pública, gratuita e de qualidade para todos e convocou a população a lutar contra o ajuste fiscal do governo Dilma, que retira dinheiro das áreas sociais e promove o desmonte e a precarização do serviço público no país. O corte no orçamento da educação já ultrapassou os 10 bilhões de reais. Na saúde pública a situação é parecida: até agora foram cerca de 12 bilhões a menos. A situação evidencia a prioridade que o governo federal dá para as áreas essenciais para o desenvolvimento do país e de sua população. Ter acesso à saúde e educação de qualidade é um direito de todos os brasileiros e uma dimensão essencial para a construção da cidadania plena no país. O ato convocou a população carioca a se indignar com a situação e reiterou: "Os trabalhadores não podem (e não vão) aceitar pagar pela crise!"
Tem dinheiro para banqueiro mas não tem para a Educação!
Enquanto os trabalhadores pagam pela crise e assistem ao desmonte do serviço público, o lucro dos bancos não para de crescer. Bradesco e Itaú, por exemplo, tiveram lucro récorde no 2º trimestre de 2015. Segundo dados da Economática, o lucro do Itaú no período entre abril e junho é o maior já registrado na história do banco para um 2º trimestre. O ganho de R$ 5,984 bilhões é também  o segundo maior da história em valores nominais entre os bancos brasileiros de capital aberto para este período, perdendo apenas para o do Banco do Brasil em 2013 (R$ 7,4 bilhões).
Agenda Brasil
O ato também rechaçou a "Agenda Brasil",conjunto de medidas propostas pelo presidente do senado, Renan Calheiros (PMBD-AL), para combater a crise brasileira. Os trabalhadore afirmaram que a "Agenda", que já foi elogiada pela presidente Dilma, não é a resposta para a crise e nem para os problemas sociais do país. Pelo contrário, significa ainda mais ataques a direitos conquistados e não representa os anseios da classe trabalhadora organizada no Brasil.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Fotos: Luiz Fernando Nabuco/Aduff-SSind

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