terça-feira, 18 de agosto de 2015

‘Greve geral contra o ajuste fiscal’, cantam servidores ao iniciar passeata no Rio

Protesto conjunto da greve reuniu servidores e estudantes no Centro do Rio, nesta terça-feira (18); manifestação em defesa dos serviços públicos seguiu em passeata para o prédio do Ministério da Fazenda no Rio

“Greve geral contra o ajuste fiscal”, cantaram servidores e estudantes ao levantar acampamento na Cinelândia e partir, em passeata, em direção à sede do Ministério da Fazenda no Rio. A manifestação reuniu trabalhadores em greve de diversos setores do funcionalismo federal, como das universidades, dos institutos técnicos federais, da saúde, do INSS e da Fiocruz. Professores, técnicos e estudantes da Universidade Federal Fluminense participam.

Críticas ao ‘ajuste fiscal’ marcaram os discursos durante a passeata, que deixou a praça e adentrou a rua Araújo Porto Alegre por volta das 16h15. “Nossa luta é contra o ajuste fiscal, que retira dinheiro da educação, da saúde, para pagar [juros] das dívidas públicas”, disse Gustavo Siqueira, servidor do Instituto Federal de Educação do Rio de Janeiro e dirigente do sindicato nacional da categoria, o Sinasefe. 

Também houve referências aos atos ocorridos no domingo (16) e aos previstos para o dia 20 próximo, com a defesa de alternativas dos trabalhadores descoladas tanto dos setores da direita, quanto dos que tentam dar sustentação ao governo Dilma. “Assim como a gente não foi no dia 16 com o PSDB de Aécio, a gente também não vai no dia 20 blindar esse governo”, disse Gustavo. 

O servidor do INSS Luís Fernando, da direção do Sindsprev-RJ, o sindicato da seguridade social, também defendeu a unidade dos que lutam em defesa dos direitos dos trabalhadores e não compactuam nem com os protestos capitaneados por segmentos conservadores e nem com o sindicalismo ligado ao governo. “Não ao ajuste fiscal, não ao pagamento da dívida. Estamos aqui para dizer para o Joaquim Levy [Fazenda], para o Nelson Barbosa [Planejamento], para o Trabuco [presidente do Bradesco], para os banqueiros, que não vamos aceitar a retirada de direitos para pagar juros das dívidas públicas”, disse.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
Fotos: Manifestação dos servidores federais em greve, na Cinelândia
Crédito: Luiz Fernando Nabuco/Aduff

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