terça-feira, 4 de agosto de 2015

Nessa quarta (5), UFF em greve vai de bicicleta à reitoria levar demandas da expansão precarizada

DA REDAÇÃO DA ADUFF


Professores, técnico-administrativos e estudantes da UFF estão cheios de fôlego para pedalar da Praça da Cantareira até a sede da reitoria, na tarde dessa quarta-feira (5), quando haverá uma manifestação conjunta dos três segmentos, a partir das 14h. Quem quiser participar da “bicicletada” que antecede o ato, pode comparecer na Praça da Cantareira, às 13horas, devidamente acompanhado da “magrela”. Vale levar o protetor solar e a garrafinha de água.   

O objetivo é apresentar à administração central a pauta de reivindicações específicas dos campi fora da sede, carentes de política de assistência estudantil (como moradia e restaurante universitário), infraestrutura adequada para pleno funcionamento dos cursos (prédios, salas de aula, laboratórios, bibliotecas) e profissionais concursados, como docentes e técnico-administrativos. O documento foi aprovado no primeiro encontro que reuniu representações das unidades fora de sede, realizado recentemente na UFF em Rio das Ostras. Conta ainda com as reivindicações da comunidade acadêmica do Colégio Universitário – Coluni, que muitas vezes não é reconhecido como uma unidade da UFF. A escola também vivencia condições precarizadas de trabalho, lutando para que seja finalizada a obra do restaurante; que ocorra eleição direta para diretor; e ainda a realização de concursos públicos, com contratação via Regime Jurídico Único, para professores efetivos tanto no Coluni quanto na creche.

A manifestação é também uma crítica ao reitor da UFF, Sidney Mello, por não receber a representação dos três setores em greve na instituição desde o dia 28 de maio. O reitor tem se furtado a debater a real situação da universidade com técnicos, professores e alunos, sem efetivamente esclarecer como a instituição sobreviverá à política de ajuste fiscal que atinge a Educação, com cortes no orçamento que agravaram ainda mais as péssimas condições de trabalho na UFF.

Bicicletada pede: Negocia, Sidney!

Desde o início da greve, o reitor da universidade, Sidney Mello, esteve ausente de todas as reuniões dos Conselhos Superiores da instituição, como o Conselho Universitário e o Conselho de Ensino e Pesquisa. Neste período, o reitor também delegou ao Comitê Gestor da Universidade (escolhido por ele e composto majoritariamente por pró-reitores da instituição) a tarefa de negociar com o movimento grevista. Entretanto, técnicos, professores e estudantes argumentam que Sidney é o gestor democraticamente eleito pela comunidade acadêmica através de voto direito e, que por isso, tem o dever de sentar e dialogar com os três setores em greve na universidade. Recentemente, o reitor gerou polêmica ao postar fotos em uma rede social andando de bicicleta e numa viagem fora do país, durante a greve na instituição, que já tem mais de 60 dias.

Sidney Mello e o vice, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, foram empossados no dia 26 de novembro de 2014 e estarão à frente da UFF pelo quadriênio 2014-2018. Na ocasião da posse, o reitor recém-eleito se comprometeu a consolidar a expansão da universidade e equalizar as condições de infraestrutura acadêmica nos campi de expansão do interior do Estado do Rio de Janeiro com as da sede em Niterói. Também prometeu ampliar as políticas de assistência estudantil como via essencial para garantir a permanência dos estudantes.

Interiorização precarizada e corte de verbas na Educação

Além da sede, em Niterói, a Universidade Federal Fluminense está presente em mais sete cidades do Estado do Rio de Janeiro: Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes, Volta Redonda, Nova Friburgo, Angra dos Reis, Macaé e Santo Antônio de Pádua. O projeto precarizado de expansão universitária, promovido pelo Governo Federal e pelas últimas administrações da UFF, gerou desafios e problemas específicos nesses campi. A abertura de cursos sem garantir condições mínimas para seu funcionamento prejudica – quando não inviabiliza – o tripé ensino, pesquisa e extensão.

Vai ter creche

Durante o período da atividade, haverá espaço de ciranda para crianças, na sede da Aduff-SSind (Rua Prof. Lara Vilela, 110, São Domingos – Niterói). O espaço contará com profissionais especializadas em recreação infantil.

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