quarta-feira, 10 de junho de 2015
Após pressão estudantil, CEG/UFRJ aprova suspensão do calendário acadêmico.
DA REDAÇÃO DA ADUFF, Por Aline Pereira.
Foto: Samantha Su - Adufrj
Na imagem, detalhe de recente assembleia de estudantes da UFRJ
Após pressão do movimento estudantil, o Conselho de Ensino de Graduação – CEG da Universidade Federal do Rio de Janeiro/ UFRJ, reunido na manhã de hoje (10), decidiu pela suspensão calendário acadêmico, em respeito à greve dos técnico-administrativos e dos discentes na instituição, deflagrada respectivamente nos dias 28 e 29 de maio. O resultado foi apertado, com oito votos a favor, seis contrários e duas abstenções. No entanto, a deliberação do CEG precisa ser submetida ao Conselho Universitário, que acontece amanhã (11), às 10h, no prédio da Reitoria.
A sessão foi presidida pelo reitor da UFRJ Carlos Levy, que apresentou alguns pontos importantes referentes à greve na instituição, para debate no CEG: reconhecer o direito da greve, garantir a não punição de grevistas e a reposição do conteúdo das aulas. Os dois primeiros pontos não suscitaram polêmicas. Em relação ao último item, houve discussão e, por pressão principalmente dos discentes que lotaram o plenário, foi incluída, de forma consensual, a questão do calendário acadêmico como ponto de pauta.
De acordo com Luiz Pustiglione, funcionário da Escola de Serviço Social, a pressão do movimento grevista fez a diferença para que ocorresse o debate sobre o calendário acadêmico no Conselho de Ensino de Graduação, que é composto por um representante dos técnico-administrativos, três discentes e por dez docentes da instituição. A decisão do CEG beneficia e protege principalmente aos discentes, que não poderão levar faltar ou ser submetidos a avaliações durante a greve do segmento. Em assembleia recente, a despeito das péssimas condições de trabalho e da crise financeira que afeta a instituição, os professores da UFRJ não aderiram à greve. “É preciso que se faça a mesma movimentação amanhã, no CONSUNI, para que se debata e aprecie a questão do calendário acadêmico. Vamos nos manifestar”, diz Pustiglione.
De acordo com ele, a greve de funcionários e de estudantes segue forte na UFRJ, com várias unidades paralisadas. “As últimas assembleias dos técnico-administrativos contaram com uma média de 500 pessoas. Não temos quase nada funcionando em esquema de plantão e podemos avaliar que o movimento tem crescido”, afirma.
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