segunda-feira, 1 de junho de 2015

Greve na UFF envolve docentes de Niterói e dos campi fora da sede

Atividade da greve em Campos dos Gioytacazes - foto: Diário de Campos/Reprodução

Boletim da Greve: Comando Local se reúne na manhã desta segunda-feira (1º), que também terá assembleia geral às 15h

Docentes da Universidade Federal Fluminense participaram da jornada de protestos e paralisações nacionais, convocada pelas centrais sindicais, na sexta-feira (29), segundo dia da greve nacional da categoria.

Na data marcada por manifestações pelo país, trabalhadores e estudantes de diversos setores marcharam em passeata no centro do Rio, que percorreu a avenida Rio Branco no trajeto Candelária/Cinelândia.

O protesto teve expressiva participação de servidores da educação, que denunciaram o corte de R$ 9,4 bilhões no orçamento do setor anunciado pelo governo federal. “A pátria não é educadora, mas a luta é”, dizia cartaz levantado por uma estudante do Colégio Pedro II, numa referência ao lema do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).

Nesta segunda-feira (1º), haverá assembleia docente, às 15 horas, para avaliar os primeiros dias da greve, que por enquanto conta com a adesão de 21 instituições federais no país. Pela manhã, acontece a reunião do Comando Local de Greve, na sede da Aduff-SSind. E às 14 horas, sessão do Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP), que terá a suspensão do calendário acadêmico como ponto único de pauta.

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Professor da UFF debate crise na educação no rádio

Gustavo Gomes, professor do curso de Serviço Social/Niterói e diretor da Aduff-SSind, participou de debate sobre a crise das instituições federais de ensino, agravada pelo corte de R$ 9,4 bilhões do orçamento da educação, no Programa Faixa Livre (1440 Khz/ AM), na manhã de sexta (29). A greve nas universidades também foi discutida por Camila Daniel, professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e diretora da ADUR-RJ; Cláudio Ribeiro, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e presidente da ADUFRJ; e Giovannu Frizzo, diretor do ANDES-SN e integrante do Comando Nacional de Greve, participando por telefone. Confira o debate na integra em www.aepet.org.br

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Greve teve panfletagem nos campi e no centro de Niterói

Docentes da Universidade Federal Fluminense realizaram panfletagem na manhã do dia 28, na entrada do campus do Gragoatá e percorreram outras unidades da UFF em Niterói. Na sexta-feira, dia 29, também houve panfletagem no Valonguinho e em frente a Estação das Barcas. De acordo com a presidente da Aduff-SSind, Renata Vereza, a receptividade da população foi boa. As pessoas demonstraram apoiar o movimento e proferiram palavras de solidariedade em defesa da Universidade Pública.

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Greve cresce e repercute também nas unidades fora da sede

A greve também envolve os docentes da UFF dos campi fora da sede, em Niterói. Nos dois primeiros dias de paralisação, foi possível confirmar que atividades foram realizadas em Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes, Nova Friburgo, Volta Redonda e Pádua. As paralisações nesses campi, nos quais técnico-administrativos e estudantes também estão mobilizados, repercutiram na imprensa local.

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Pádua já tem Comando de Greve com docentes, técnicos e estudantes

As representantes da Aduff-SSind, professoras Adriana Penna e Lorene Figueiredo, convidaram professores, servidores técnico-administrativos e estudantes de todos os cursos da UFF em Pádua para discutirem os rumos da greve e suas questões imediatas.

No dia da deflagração da greve (28), houve uma oficina para a confecção de cartazes, que, posteriormente, foram espalhados pelo campus da universidade. Na tarde do dia 28, aconteceu uma reunião unificada, para a criação do Comando de Greve Local, deliberando pela participação, no dia seguinte, em programas de rádio da região, para divulgar a greve e o Dia Nacional de Lutas e Paralisações (29).

A próxima reunião do Comando de Greve Local em Pádua ocorre no dia 10 de junho, às 18 horas. Na quinta-feira, dia 11 de junho, quando está programado desfile cívico das escolas da cidade, estudantes, professores e técnico-administrativos planejam realizar atividade de panfletagem nas duas principais praças de Pádua, prestando esclarecimentos sobre a greve à população.

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Greve começa com boa participação em Campos

O primeiro dia da greve da comunidade da UFF em Campos dos Goytacazes contou com 100% de adesão, com paralisação de aulas e atividades. Na tarde do dia 28, discentes, docentes e técnico-administrativos se reuniram com o comando de greve para definir uma agenda de mobilização.  No mesmo dia, foi realizada a mesa redonda “Tiro porrada e bomba: conflitos no Brasil contemporâneo”, com a presença dos convidados, os docentes Carlos Abraão, Juliana Blasi, Fernanda Huguenin, Raquel Sant’ana.

A comunidade reafirma a luta por melhores condições de trabalho, salientando o fato de a precarização afetar, de forma ainda mais grave, as unidades fora de sede. Em Campos, a comunidade reivindica a conclusão das obras do novo prédio da UFF – a maioria das aulas acontece em contêineres – bandejão, moradia estudantil.

Na próxima segunda (1), haverá um debate sobre a importância dos sindicatos, na UFF, e na terça-feira (2), às 19h, aula pública sobre Ajuste Fiscal e Pátria Educadora, na Praça São Salvador.

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Docentes da UFF representados no Comando Nacional de Greve

Instalado na sede do Andes-SN, em Brasília, o Comando Nacional de Greve conta com a participação de dois docentes da UFF: Paulo Cruz Terra, professor do curso de História/ Campos dos Goytacazes, e Isabella Vitória Castilho Pimentel Pedroso, professora do Colégio Universitário (Coluni), ambos diretores da Aduff-SSind. Na sexta-feira (29), dia nacional de protestos, eles participaram de panfletagem na rodoviária de Brasília. Com base no levantamento divulgado pelo Andes-SN e dados colhidos em outras seções sindicais pela Aduff, a greve começou com a adesão de 21 instituições federais de ensino.

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