Estudantes convocam assembleia na reitoria para pensar próximos passos da greve estudantil
Na tarde desta segunda-feira (01), o Conselho de Ensino e
Pesquisa (CEP) da Universidade Federal Fluminense (UFF) ignorou a reivindicação do movimento estudantil e votou contra a suspensão do calendário escolar na UFF. A suspensão contava com o apoio do Comando Local de Greve (CLG) docente e dos técnicors-administrativos, ambos presentes na reunião. A presidente da
Aduff-SSind, Renata Vereza, defendeu a suspensão do calendário acadêmico como uma garantia dos alunos contra constrangimentos e pressões que eles possam
sofrer por parte de alguns professores. “Entendemos que nem todos aderem, mas é
necessário respeitar o movimento de greve estudantil, já que foi uma decisão
plenária tirada em assembleia dos estudantes, e garantir que o direito deles
seja respeitado”, ressaltou.
Os estudantes também defendiam a suspensão do calendário
escolar como uma forma de os gestores da universidade reconhecerem a legitimidade do movimento grevista dos
três segmentos da UFF e se somarem à luta contra os cortes no orçamento da educação promovidos pelo governo federal em nome do "ajuste fiscal" . A convocação de uma sessão extraordinária do CEP
(Conselho de Ensino e Pesquisa) tendo como pauta única a suspensão do
calendário escolar na UFF foi um dos compromissos firmados, em carta, pelo
reitor Sidney Mello com o movimento estudantil, fruto da ocupação de três
dias da Reitoria da UFF pelos estudantes.
“Se a reitoria defende que o problema da UFF é de falta de
dinheiro e admite que a culpa é do governo federal pelo corte no orçamento da
educação, então é dever de toda a universidade lutar contra essa política de
desmonte das universidades públicas. Mas se ao invés disso, a administração da
UFF insiste em manter a universidade aberta, mesmo sem ter condições de
funcionar, então a contradição é de vocês”, criticou a estudante do curso de Serviço
Social, Juliana Costa. Após a votação contrária à suspensão do calendário
escolar, os estudantes convocaram uma assembleia estudantil na reitoria para
debater os próximos passos do movimento estudantil grevista.
Corte no orçamento da
UFF chega a R$20 milhões em 2015
De acordo com o pró-reitor de Gestão de Pessoas, Tulio
Franco, em entrevista para O Globo, o Ministério da Educação reduziu em 30% os
repasses de verbas de custeio da Universidade, gerando um deficit mensal de
cerca de R$ 4 milhões. Na matéria Tulio admite que o corte está afetando toda a Universidade e que falta dinheiro até para a compra de itens básicos como papel higienico
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