segunda-feira, 1 de junho de 2015

CEP ignora movimento grevista na UFF e vota contra a suspensão do calendário acadêmico





Estudantes convocam assembleia na reitoria para pens
ar próximos passos da greve estudantil


Na tarde desta segunda-feira (01), o Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) da Universidade Federal Fluminense (UFF) ignorou a reivindicação do movimento estudantil e votou contra a suspensão do calendário escolar na UFF. A suspensão contava com o apoio do Comando Local de Greve (CLG) docente e dos técnicors-administrativos, ambos presentes na reunião.  A presidente da Aduff-SSind, Renata Vereza, defendeu a suspensão do calendário acadêmico como uma garantia dos alunos contra constrangimentos e pressões que eles possam sofrer por parte de alguns professores. “Entendemos que nem todos aderem, mas é necessário respeitar o movimento de greve estudantil, já que foi uma decisão plenária tirada em assembleia dos estudantes, e garantir que o direito deles seja respeitado”, ressaltou.

Os estudantes também defendiam a suspensão do calendário escolar como uma forma de os gestores da universidade reconhecerem a legitimidade do movimento grevista dos três segmentos da UFF e se somarem à luta contra os cortes no orçamento da educação promovidos pelo governo federal em nome do "ajuste fiscal" . A convocação de uma sessão extraordinária do CEP (Conselho de Ensino e Pesquisa) tendo como pauta única a suspensão do calendário escolar na UFF foi um dos compromissos firmados, em carta, pelo reitor Sidney Mello com o movimento estudantil, fruto da ocupação de três dias da Reitoria da UFF pelos estudantes.

“Se a reitoria defende que o problema da UFF é de falta de dinheiro e admite que a culpa é do governo federal pelo corte no orçamento da educação, então é dever de toda a universidade lutar contra essa política de desmonte das universidades públicas. Mas se ao invés disso, a administração da UFF insiste em manter a universidade aberta, mesmo sem ter condições de funcionar, então a contradição é de vocês”, criticou a estudante do curso de Serviço Social, Juliana Costa. Após a votação contrária à suspensão do calendário escolar, os estudantes convocaram uma assembleia estudantil na reitoria para debater os próximos passos do movimento estudantil grevista.

Corte no orçamento da UFF chega a R$20 milhões em 2015

De acordo com o pró-reitor de Gestão de Pessoas, Tulio Franco, em entrevista para O Globo, o Ministério da Educação reduziu em 30% os repasses de verbas de custeio da Universidade, gerando um deficit mensal de cerca de R$ 4 milhões. Na matéria Tulio admite que o corte está afetando toda a Universidade e que falta dinheiro até para a compra de itens básicos como papel higienico

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