Na tarde desta terça-feira (06) os docentes da Universidade Federal Fluminense (UFF) se reuniram na primeira assembleia geral após a greve de quatro meses da categoria para avaliar os rumos da mobilização. Os professores presentes no auditório do Bloco F, no Gragoatá, fizeram uma rodada de falas sobre a greve e a contraproposta do governo, enviada ao ANDES-SN no dia 24 de setembro.
Em assembleia, os docentes ponderaram que embora a proposta
do governo não seja uma vitória (com índice de reajuste muito inferior aos 27,3%
em parcela única reivindicado pelos trabalhadores), ela foi uma conquista da
greve dos docentes e das diversas categorias do funcionalismo público, já que
antes do movimento o horizonte era de reajuste zero.
Também frizaram que aceitar a proposta do governo não
significa abandonar a pauta de luta da greve mas minimizar as perdas inflacionárias da categoria, além de reiterarem que os
problemas denunciados pelo movimento grevista irão se agravar no próximo
período e que é fundamental que os docentes continuem mobilizados. Afinal, não
houve avanços na pauta salarial, de carreira e condições de trabalho. Pelo
contrário, houve mais cortes no orçamento da Educação - e se nacionalmente o
ministro da Educação não recebeu o movimento grevista, localmente o reitor da
UFF também não fez qualquer esforço para debater as pautas internas da
universidade com o comando local de greve.
Reunidos na instância de deliberação da categoria, os
professores presentes na assembleia deliberaram encaminhar ao Comando Nacional
de Greve (CNG) as seguintes proposições:
- Autorizar o CNG – e após o fim da greve, a Diretoria
Nacional do Andes-SN e o setor das federais - a negociar acordo com governo,
tomando como patamar mínimo os 10,8% em duas vezes (sendo 5,5% em agosto de
2016 e 5% em janeiro de 2017) mais auxílio-alimentação de R$ 373 para R$ 458,
auxílio à assistência saúde de R$ 117,78 para R$ 145, auxílio-creche de R$
73,07 para R$ 321)
- Buscar negociar que esse acordo contemple o máximo de
elementos da contraproposta apresentada pelo ANDES-SN. Clique aqui para
conhecer a proposta do sindicato nacional na íntegra.
- Manter a luta nacional nas instituições federais de ensino
pelas condições de trabalho
- Convocar o setor das federais para avaliar a greve e seus
desdobramentos para o primeiro final de semana após o fim da greve nacional. Na
última reunião do CNG, definiu-se o período do dia 13 ao dia 16 de outubro como
a data de saída unificada da greve
Nenhum comentário:
Postar um comentário