sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Marcha ocupa av. Paulista contra ‘ajustes’ defendidos por Dilma, Aécio e Temer


 
Protesto nacional em São Paulo reuniu milhares de trabalhadores e estudantes na capital paulista, entre eles servidores federais em greve, que contestaram medidas que atacam serviços públicos e direitos dos trabalhadores apoiadas pela coligação do governo petista e pela oposição tucana   

Pelo menos dez mil manifestantes – há quem avalie mais – marcharam do vão livre do Masp, na av. Paulista, em São Paulo, até a Praça da República. Ao longo dos cerca de cinco quilômetros percorridos, em quase duas horas e meia, trabalhadores e estudantes expuseram uma posição política diferente das expressadas nas recentes manifestações a favor ou contra o governo de Dilma Rousseff.

Nem o PT da presidente da República, nem o PSDB do senador Aécio Neves (MG) e do governador Geraldo Alckmin (SP), tampouco o PMDB de Michel Temer (SP), Renan Calheiros (AL) e Eduardo Cunha (RJ), vice-presidente da República e presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, respectivamente, escaparam das críticas de quem participou da Marcha Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras. 

Realizada no final da tarde e início da noite da sexta-feira (18), na capital paulista, reuniu representações de várias partes do país e foi convocado pela CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), pelo Fórum das Entidades Sindicais Nacionais dos Servidores Públicos Federais e por mais de 50 organizações sindicais e dos movimentos sociais e estudantis. Servidores federais em greve e que integram a organização unificada da campanha salarial participaram.

A marcha rechaçou o pacote de medidas recém-lançado pelo governo que corta recursos dos serviços públicos, suspende os concursos para servidores estatutários em 2016, adia o início do reajuste do funcionalismo proposto pelo governo em sete meses e acaba com o abono permanência, concedido a servidores que, mesmo aptos a se aposentar, preferem continuar trabalhando. 

O ato rejeitou o ‘ajuste fiscal’ como um todo, apontado como um conjunto de medidas que transferem recursos dos trabalhadores e do estado para o capital privado, e a Agenda Brasil, lançada pelo senador Renan Calheiros e encampada imediatamente pelo governo de Dilma Rousseff. A ‘Agenda’ propõe, entre outras mudanças, o fim da gratuidade universal do atendimento no Sistema Único da Saúde e mais cortes nos direitos previdenciários.

Professores e estudantes da Universidade Federal Fluminense participaram do ato. “Foi uma manifestação por uma alternativa classista dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre”, disse o professor Arley Costa, do Comando Local de Greve dos docentes da UFF. “A marcha expressa a insatisfação com medidas que retiram direitos trabalhistas e sociais e desestruturam os serviços públicos, como a suspensão de concursos e os cortes de recursos da saúde, educação e moradia”, observou Gustavo Gomes, da direção da Aduff-SSind.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
fotos: Marcha dos Trabalhadores e Trabalhadoras em São Paulo
créditos: Jesus Carlos/free lance para a Aduff-SSind



2 comentários:

  1. Continuem a greve! Precisamos lutar pelos nossos direitos, participei da manifestação e continuo apoiando.

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  2. Essa greve RIDÍCULA tem que acabar. Esse movimento irresponsável só prejudica os alunos!!!
    Estão insatisfeitos com o emprego? Peçam demissão!!!!

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