segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Assembleia geral é na terça, 29


Assembleia Geral dos Docentes da UFF acontece nessa terça, dia 29/9, às 15h, na Quadra da Educação Física/ Campus do Gragoatá.
Em pauta: 1) Informes; 2) Avaliação da Greve; 3) Outros assuntos

Informações importantes:

1) CRECHE: Docentes interessados em deixar os filhos em espaço de recreação na sede da Aduff-SSind devem encaminhar e-mail para aduff@aduff.org.br, informando a idade da criança.

2) IDENTIFICAÇÃO: Podem participar da assembleia professores sindicalizados ou não, munidos de documento que comprove docência na universidade.

3) CREDENCIAMENTO: O livro de assinaturas será aberto uma hora antes do início da assembleia.

4) REEMBOLSO: Professores das unidades fora da sede podem solicitar o reembolso da passagem para o deslocamento, mediante a apresentação dos comprovantes

119 comentários:

  1. Só gostaria de saber como será resolvido o calendário para os calouros. Em um dos posts passados foi comentado sobre a aceitação de calouros no primeiro semestre de 2016 - participar da primeira edição do SiSU em 2016 -, ou seja, o plano da universidade são fundir as duas turmas (2.15 e 1.16)? Enfiar 200 alunos de medicina em um laboratório de anatomia ou montar salas imensas para acadêmicos de engenharia? Existe corpo docente para corrigir o dobro de provas, trabalhos e redações das turmas de letras?
    O bom senso está sendo fortemente agredido, o calendário do segundo semestre deve ser montado e iniciado imediatamente, caso contrario, as turmas do segundo semestre de 2015 irão colidir com a do primeiro semestre de 2016.
    A universidade terá coerência e responsabilidade, no caso disso acontecer, em não participar da primeira edição do SiSU do ano que vem para não prejudicar os alunos (falemos a verdade, já estão prejudicando) que foram aprovados na segunda edição do SiSU de 2015? Entretanto, se optar por esse caminho, qual a responsabilidade que a universidade pública da amada Pátria Educadora está mostrando para os terceiros anistas e cidadãos no cursinho que estudaram tanto para alcançar uma vaga na grandiosa UFF, e descobrir que ela não abriu vagas nesse período?
    Em minha visão, a greve deve existir, mostrar a insatisfação e a realidade em que passamos, afinal o dinheiro não é do governo ou do partido (qualquer um deles), mas sim do povo e para o povo. No entanto, o que os docentes estão fazendo agora não é greve, eles estão construindo um beco sem saída, depredando a qualidade de formação da UFF, sucateando (junto com o governo) essa universidade.
    A única maneira, que posso pensar nesse momento (caso alguém tenha soluções melhores, favor responder esse comentário, pois minhas profundas reflexões não me levaram mais longe e meu coração está cada vez mais aflito, ansiando por uma solução mais real e viável) para não prejudicar a formação dos calouros do segundo semestre de 2015, oferecer o que eles esperam da UFF e sobre a qual eles depositaram a confiança e esperança ao selecionar no SiSU essa universidade, é terminar a greve no dia 29, para eles começarem as aulas esse ano, possibilitando a formação de qualidade que a UFF deverá oferecer e possibilitando, também, a participação - sem demais problemas - no SiSU 2016, primeira edição.
    Momentos mais oportunos existirão para que a greve volte com força e, mais importante, um propósito, com planejamento. Posso citar agosto de 2016, ao final dos "congelamentos" e reajustes.
    Peço aos docentes que deem, a partir de já, um exemplo de sabedoria para os calouros, ansiosos e sedentos para estudar, mostrem a eles que não são "baderneiros" (como o querido reitor apelidou carinhosamente o movimento), mostrem a eles a inteligência de quem deveriam possuir as maiores e melhores mentes - a elite intelectual desse país. Por fim, mostrem coragem, coragem para dizer que nem tudo foi alcançado e que as pequenas vitórias não tiveram os gostos que esperávamos, mas que agora é momento de ser responsável, abaixar as armas, e voltar a educar todos aqueles que tiveram o prestígio de ser qualificado para os cursos da UFF; não desistir, mas dar o exemplo que todo acadêmico gostaria de ter dos professores mentores. Lembrar com agradáveis memórias depois de formados que aqueles são os homens o qual aquele um dia acadêmico busca ser, um homem sereno, responsável, inteligente, sábio e corajoso.
    Pois não estamos aqui apenas para formar profissionais, mas também para formar cidadãos.

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    1. Obrigada pelo comentário. Ele me representa.

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    2. Concordo plenamente!! Esse comentário também me representa!

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    3. A situação dos calouros é realmente delicada, assim como a do pessoal que está quase se formando. Quanto mais tempo essa greve durar, mais nossas vidas serão atrasadas e nisso tudo SÓ O ALUNO sai prejudicado.

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    4. Arrasou no comentário! Sabemos que a greve é por uma boa causa, mas a partir do momento em que mais prejudica do que ajuda a mudar algo, vemos que não há mais porque continuar com isso. Quanto aos alunos que querem que a greve continuem, devem estar gostando de ficar em casa, sem fazer nada, mas aqueles que têm comprometimento com o seu próprio futuro, quer que a greve termine e que o novo calendário acadêmico seja aprovado.

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    5. A maioria dos alunos que quer que a greve termine, é pré-calouro, que está louco para começar a estudar em uma universidade, mal sabe ele, o que é uma universidade federal, sabe de nada inocente. Enquanto ao calendário, o CEP que vai responder todas essas dúvidas depois que a greve acabar, pode ficar calma, vcs não irão perder matrícula e semestre não, no final, tudo acaba bem.

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  2. Espero que seja a última ! Precisamos voltar a estudar !!!!

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  3. Vamos acabar com essa greve! Queremos estudar.

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  4. Venho aqui mais uma vez me juntar aos outros para pedir aos docentes - os docentes, que realmente se importam com o serviço que prestam e com os discentes; não às vaquinhas de presépio do sindicato - que votem pelo término dessa farsa. Já basta. Nós alunos, talvez nem tanto quanto vocês, mas em medida próxima, sabemos dos problemas que a universidade enfrenta, e, de fato, os experimentamos junto a vocês quase todos os dias, porém não vai ser através desse movimento antiético, regressivo, e com fins nebulosos que vamos conquistar as melhorias que todos nós queremos. Por favor, vamos acabar com essa greve.

    Que se discutam SIM os problemas da universidade, mas de forma aberta e democrática, sem o esvaziamento da mesma e sem prejudicar desproporcionalmente a nós, discentes.

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    1. Continuem a greve, a luta continua

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    2. Rafaela Pisani e digo mais, a continuidade dessa greve nefasta só ajuda a derrubar o país que está de mal a pior.
      Acabem com a greve!!!

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  6. Continuem a greve, a luta continua

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  7. Alguem pode me informar sobre a situação dos calouros, por exemplo eu passeia gora pelo sisu porem no site (coseac.uff.br) diz o seguinte

    A Universidade Federal Fluminense por meio da Pró-Reitoria de Graduação -
    PROGRAD informa que, em virtude do início do segundo semestre letivo de 2015 ainda não
    ter sido definido, a data para a PRÉ-MATRÍCULA – 2ª FASE – PRESENCIAL referentes a
    1ª, 2ª e 3ª Chamadas e a data para a Inscrição em Disciplinas para o referido semestre
    serão informadas, por meio de Comunicado Oficial a ser divulgado no endereço eletrônico
    do Concurso, após o término da greve.

    Desculpe se essa nao é a pagina ideal pra esse tipo de pergunta mas não consigo achar alguem que saiba qual a situação dos que vão entrar.

    Endereço eletronico do concurso seria o coseac?

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    1. A situação é que a Universidade garantiu as vagas. Todos os aprovados realizarão a matrícula algum momento. Entretanto, o calendário do segundo semestre não foi planejado por causa dos eventos das greves servidores/docentes. A única coisa que podemos fazer é esperar o final da greve, para então, a Universidade estruturar o calendário do segundo semestre, no qual irá constar com as datas para as matrículas dos calouros.

      A maior preocupação é que a greve se estenda muito e percamos o semestre, assim entrando em conflito com o calendário do primeiro semestre do ano que vem, ou seja, os calouros de 2016. Pelo que entendi, "dia de greve é dia dobrado para calouro", pois, para cada dia de greve, nós perdemos além desse dia mais um dia para a reposição de aula dos veteranos, antes de iniciarmos nossas aulas. Tendo isso em mente, mesmo se a greve acabasse amanha, e o calendário fosse rapidamente estruturado, nós começaríamos a aula somente em novembro, praticamente não aproveitando nada do período semestral que deveria ser de 2015.

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    2. valeu mesmo pela resposta cara, quer dizer que aula agora então pelo andar da carruagem só em dezembro ou janeiro

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  8. Sou aluno e apoio, continuem lutando!

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  9. Aluno que apoia a greve é o mesmo que a mulher violentada apoiando seu estuprador. Por isso dizem que alguns alunos sofrem da Síndrome de Estocolmo, pois se apaixonam por aqueles que os fod*m.

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  10. Sou aluna do 8°período de direito da UFF. Portanto pude prestar OAB e fui aprovada em fevereiro desse ano, tendo um ano para colar grau e pegar a minha carteira.
    Os professores da faculdade de direito poderiam me explicar se isso será possível ou se perderei a minha aprovação na OAB?

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  11. Sinto muito, mas neste momento, sou a favor do término da greve. Várias universidades já voltaram. Que força há numa greve de uma universidade só!!! A greve continua pra quem??? Só os alunos estão sendo prejudicados!!! Isso não é justo!

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  12. Por favor terminem essa greve!!! Tem várias pessoas esperando pra fazer matricula , outras para serem convocadas e outros esperando para concluir o curso! O aluno é o único q está sendo prejudicado.

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  13. Por favor terminem essa greve!!! Tem várias pessoas esperando pra fazer matricula , outras para serem convocadas e outros esperando para concluir o curso! O aluno é o único q está sendo prejudicado.

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  14. Não tem como continuar uma luta que já acabou seus babacas

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  15. Sou super a favor de greves, inclusive acho que essa é a única maneira de conseguir mudanças nesse país. Mas acho também que a partir do momento que traz mais
    maleficios do que beneficios, ela precisa acabar. Não são 2 semanas, 1 ou 2 meses. São 4 meses parados, 1/3 do ano já foi com uma greve sem sucesso. Inúmeras faculdades participaram da paralização, mas todas (menos a UFF) já voltaram com suas atividades. Se quase todas faculdades juntas com tamanha força não alcançaram todos seus objetivos, como a UFF sozinha quer alcançar? Existem pessoas que estão a favor da continuação, claro, estes já estão formados com emprego fixo ou pelo menos já possuem matricula e sua vaga garantida na universidade. Agora e aqueles que estudaram o ano passado inteiro para ingressar no segundo semestre de 2015 e nem chamado foram? Pior, que foram chamados mas até então nem matriculados estão? Correndo serio risco de perder a vaga ou nem ter a chance de possuir uma. É assim que queremos mais valor na educação? Menos de 3 meses para o sisu 2016 e os alunos que prestaram sisu 2015 mal terminaram o primeiro periodo. Torcendo para que tenhamos uma boa noticia nessa assembleia de hoje, mesmo sem esperança, torço para que os professores tenham bom senso e compaixão pelos seus alunos.

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    1. No momento são 42 faculdades em greve.

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    2. Faculdades de força como UFRJ, Unirio, UFMG e UFRGS já sairam faz tempo, e algumas que podemos considerar a mais organizada como Unifesp nem entrou.
      Somos a única faculdade do estado do RJ que manteve a greve. Como todas elas estão erradas, e nós certos? A UFRJ é considerada a 3º melhor universidade do país, temos que olhar um pouquinho pro lado e perceber que eles chegaram nessa posição tomando mais escolhas certas do que erradas, e se eles decidiram que a greve não compensa mais no custo/benefício, acho que deveríamos no mínimo refletir seriamente o porque continuamos nesse exato momento com isso

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    3. Pare de chorar e se ponha no seu lugar de calouro, calouro burro.

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  16. !!!Continuem a greve, a luta continua!!!!!!

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  17. 209 x 223 greve continua, é galera, mais uma semana.

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  18. Um absurdo essa greve não acabar! Dá vontade de desistir com tamanho desrespeito.

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  19. Acredito que a escolha pela continuação da greve seja por causa da reunião que os professores conseguiram marcar com o Ministro da Educação. Se não me engano, será no dia 05/out.

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  20. Algum resultado da assembleia de hoje?

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  21. Este comentário foi removido pelo autor.

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  22. A Rebeca Popiel disse que continua por 223x209 no comentário acima.

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  23. Não estou acreditando nisso. É sério que a greve vai continuar???

    Poderiam publicar os nomes dos professores a favor da greve.

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    1. A assembleia aconteceu às 15h. Nesse horário, ainda não havia ninguém reunido para votação. Portanto, essa informação é falsa. Estou aguardando as notícias verídicas.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. Provavelmente o horário do blog está desatualizado, olha o horário do seu comentário.

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    4. Pois é. Eu estava acompanhando o blog, e o comentário da Rebeca entrou às 15:34, e não 11:34.

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  25. PODERIAM PUBLICAR O NOME DOS PROFESSORES A FAVOR DA GREVE??????????

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  26. Estão dizendo que a greve continua, procede?? Alguém da assembléia pode confirmar?

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  27. Ainda não acabou a assembleia, ou seja, a informação é falsa sim

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  28. no grupo do movimento estão dizendo que continua, meu deus que bagunça kkkkkkk

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  29. Me disseram agora que a a greve acabou. 94 votos a favor dentre 576.

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  30. acabou, mas já tem um movimento querendo cancelar o segundo semestre de 2015
    a saga continua...

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  32. Até parece que vão cancelar o segundo semestre, seria o mesmo que uma greve de 10 meses, o que nunca teve na história...

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  33. Cancelar o segundo semestre ?! Nem ferrando ! Nao estudei um ano inteiro atoa.

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  34. Caramba, sério que acabou??? É quase inacreditável isso!!!

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  35. Isso não pode acontecer.

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  36. Tão votando agora pela retomada imediata ou não das aulas.

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  37. As aulas tem que voltar no máximo ate segunda-feira. Máximo, estourando !!!

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  38. A grande maioria decidiu não cancelar o 2° semestre.

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    1. Que notícia ótima ! Parece mentira que acabou !

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    2. Nessas horas eu sei que Deus é estudante e provavelmente não é de humanas. Fim da greve finalmente!

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  39. O retorno imediato seria para reposição ou direto para o segundo semestre?

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  40. Mas creio eu que as aulas do 2° semestre deverão começar em Novembro, devido ao período de reposição das aulas perdidas no 1° semestre.

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  41. Tenho quase certeza que para a reposição, Anonimo.

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  42. e não seria necessária, antes que se inicie o segundo semestre, a abertura da inscrição em disciplinas e o seu processamento?

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  43. desculpe, o meu já acabou. eu não pertenço a uff central, de niterói.

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  44. Greve é instrumento de resistência dos empregados frente ao poder político-econômico do empregador. Portanto, greve tem que incomodar, tem que trazer desconforto; do contrário não deveria sequer começar.

    Muitos argumentaram que os alunos estariam sendo os mais prejudicados. Tratando-se de Instituição Pública, o Poder Público é o empregador, do qual os alunos e toda sociedade são partes e o Governo é mero administrador. Se os alunos se sentiam tão prejudicados, deveriam participar ativamente das negociações junto ao Governo, posicionando-se contra ou a favor dos grevistas e, na qualidade de empregadores, suportar os efeitos de seu posicionamento.

    No entanto, percebi um nefasto vitimismo egoísta nos argumentos desses alunos, compreendendo-se como parte alheia ao conflito denunciado pela greve. Assusta-me a formação moral, cultural, social e política que tais alunos estão experimentando na UFF e o tipo de influência na sociedade que exercerão como futuros profissionais.

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    1. O seu argumento é interessante, mas falha em tocar no que talvez seja o problema número um nas "greves" frequentemente decretadas pelo serviço público brasileiro, que é a continuidade do recebimento do salário. Segundo a "santificada" CLT, salário é o valor pago como contraprestação dos serviços prestados pelo empregado. Ora, se não há serviço prestado, nos casos de greve, decerto não deveria haver contraprestação.

      A fundamentação do direito de greve não é "se proteger de exploração", pois para isso existem os contratos, a garantia dos quais é um dever precípuo do Estado, na figura do legislativo, mas sim se proteger contra percebidas violações deste, seja no que tange à remuneração, condições de trabalho, etc. O direito de greve, se é que podemos chamar de direito, se justifica num mecanismo extra-judicial para resolução destas disputas contratuais.

      Neste caso, e em muitos outros casos de greve de funcionários públicos, o que vemos, portanto, é uma deturpação desse direito, uma vez que não há violação do contrato por parte do empregador, e sim um interesse próprio da classe por mais, sejam mais benefícios, mais pagamento, etc.

      Você chama o posicionamento dos alunos de "nefasto vitimismo egoísta". Ora, querer ter aulas é realmente mais nefasto, mais vitimista e mais egoísta do que querer aumentos imediatos e irrealistas, apesar da crise politico-econômica que o país atravessa? É mais nefasto, vitimista e egoísta do que deliberadamente prejudicar o ensino de milhares de alunos, de todas as classes, parando as atividades por três meses enquanto continuam a receber seus salários e gratificações? Há de se lembrar ainda, que os mais prejudicados são os alunos mais pobres, pois terão de ficar mais tempo na faculdade antes de se formar, tempo durante o qual muitos não podem trabalhar.

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    2. Rafaela, o "problema número 1" não é o recebimento de salários. Receber salários é BÁSICO para a SOBREVIVÊNCIA de qualquer trabalhador (caixa-alta só para destacar, não leve como um "grito"). Sem salários, a pessoa não tem nem o que comer. Se não tem nem o que comer, como vai fazer greve? Você trabalha? Caso positivo, deve saber disso.

      Passando ao próximo ponto, por que então temos tantas greves? Porque servidor é malandro? É o que todo mundo acha, né? Todo mundo que não é servidor e não sofre o que sofremos todo ano. O trabalhador da iniciativa privada tem um direito chamado "data-base", que faz toda a diferença. Uma vez por ano, empregado e patrão tem que parar e negociar a reposição da inflação e demais direitos trabalhistas. Se não negociar, ocorre algo chamado "Dissídio Coletivo", ou seja, é o Judiciário quem irá tentar solucionar o conflito.

      O servidor público tem esse direito garantido constitucionalmente (inciso X do art. 37 da CF). Ou seja, todo ano o governo é OBRIGADO a negociar e apresentar uma proposta. No entanto, sabe o que acontece? Nada. O governo não negocia, não apresenta proposta e nos deixa anos sem a reposição da inflação. Sabe quando é que o governo faz alguma coisa? Quanto tem greve. Porque aí acontecem duas coisas: todo mundo sai prejudicado e o Governo pode dizer que a culpa é do servidor público. E vocês acreditam, graças à mídia, que é mestre em ocultar o que lhe convém.

      Sem greve, nenhum direito trabalhista teria sido conquistado na história. Nenhum! Portanto, se o cidadão não aguenta mais greve, deveria lutar ao lado do servidor pelo direito dele à data-base. Cumprido esse direito, acabam as greves. A dúvida é, a quem isso interessa? Não é melhor continuar a chutar cachorro morto, o servidor público? Essa é a grande pergunta.

      Abs.

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    3. Rafaela, se algum dia você se candidatar a presidência do Brasil me avise, porque meu voto é seu.

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    4. Nefasto é o seu argumento falacioso brilhantemente rebatido pela Rafaela. Não me venha com mimimi esquerdista pão com mortadela.
      E que as aulas comecem o quanto antes.

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    5. Nza iniciativa privada quando o trabalhador não está satisfeito pede demissão. Se os funcionários públicos fizessem o mesmo certamente as coisas seriam diferentes hoje e ninguém sairia prejudicado,aliás todos ganhariam, a sociedade, o governo e os próprios professores.

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    6. Nza iniciativa privada quando o trabalhador não está satisfeito pede demissão. Se os funcionários públicos fizessem o mesmo certamente as coisas seriam diferentes hoje e ninguém sairia prejudicado,aliás todos ganhariam, a sociedade, o governo e os próprios professores.

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    7. Este comentário foi removido pelo autor.

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    8. Não, o trabalhador não pede demissão, ao menos não se ele tiver um cérebro e estiver em pleno uso das faculdades mentais. Ele tenta negociar e conseguir algo melhor, pois ninguém escolhe ficar desempregado. No mundo real, Sandro, as pessoas tem contas a pagar e precisam se alimentar.

      Infelizmente, por expressa vedação legal, no serviço público o servidor não pode negociar diretamente com o patrão, ainda que ele fosse um Chuck Norris do serviço público. Tudo ocorre por meio dos sindicatos. E os sindicatos, que, segundo a Constituição, deveriam ser ouvidos uma vez por ano, sempre na mesma data, na prática só são ouvidos nas greves. Todo o resto do ano ele é ignorado. Até mesmo durante as greves tem sido difícil os sindicatos serem ouvidos, pois greve já virou um grande negócio para o governo: economiza com conta de luz, de água e ainda faz a cabeça da população contra o serviço público, para vender tudo bem baratinho para os empresários, como fizeram com a Vale e outras empresas. Continue detonando o serviço público e suas instituições e aguarde a Anhanguera comprar a UFF um dia. Aí você vai ver como é uma faculdade não funcionar. Não gostou? Peça para sair e vá para a próxima, não é isso?

      Abs.

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    9. A Rafaela ainda não entendeu a situação da UFF, manda ela pra Campos e Rio das Ostras. Para ela, saber como é estudar em um container, não ter laboratório suficiente, ficar dias sem água e com uma internet que não atende a todos. Quando eu fiz vestibular pra Campos, isso não estava escrito no edital... mas enquanto isso o reitor está pensando em abrir um hotel flutuante na UFF.

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    10. "Rafaela, o "problema número 1" não é o recebimento de salários. Receber salários é BÁSICO para a SOBREVIVÊNCIA de qualquer trabalhador (caixa-alta só para destacar, não leve como um "grito"). Sem salários, a pessoa não tem nem o que comer. Se não tem nem o que comer, como vai fazer greve? Você trabalha? Caso positivo, deve saber disso."

      Marcos, é daí que vem a necessidade sindical de um fundo de greve, custeado pelas contribuição sindicais dos associados. Basta olhar para o resto do mundo, direito à greve paga pelo empregador é apenas mais uma das centenas de aberrações jurídicas populistas brasileiras.

      Quanto ao reajuste, já que você citou a constituição, citarei aqui a lei que regulamente o inciso referido:

      "Art. 2º A revisão geral anual de que trata o art. 1º observará as seguintes condições:
      (...)
      IV - comprovação da disponibilidade financeira que configure capacidade de pagamento pelo governo(...);"

      Não vou negar que o reajuste é muitas vezes insuficiente para cobrir as perdas reais com a inflação, de fato, não nego inclusive, que a pauta em si é justa. Mas, dito isso, volto a dizer, greve remunerada é aberração. Estamos passando por um momento complicadíssimo, muito mais complicado, inclusive do que a grande mídia diz, que engloba não só a educação, mas também as políticas de inclusão social do governo. Deve haver mobilização e discussão sim, mas mantendo o bom senso e, principalmente, o interesse da coletividade, e não é interessante para ninguém, salvo talvez o sindicato, manter uma greve por 4 meses lesando o erário.

      E obrigada pelo apoio, pessoal.

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    11. E Rebeca, desculpa, mas seu discurso, não só nesse comentário quanto na maioria dos outros, é o típico discurso de "aluno fodão veterano", que julga saber tudo à respeito da universidade e do mundo perante os calouros. E P.S. em niterói também não tem "internet que atende a todos", no meu campus os elevadores não funcionam, já ficamos sem aula e sem luz, alguns prédios estão praticamente caindo aos pedaços, as aulas vão voltar sem bandejão, etc.

      Essa mentalidade de "nós x eles", sinceramente, não acrescenta em nada, além de ser, com o perdão da palavra, burra, pois TODOS os alunos enfrentam os mesmos problemas no que tange a infraestrutura e ensino. No curso de medicina por exemplo, não importa se você mora no Leblon e vai de BMW pra Niterói todo dia, ou se mora em Realengo e pega três conduções, se o anatômico não tem formol, todo mundo se prejudica na mesma medida.

      Não vou comentar sobre "estudar em container", mas, como já falei vááááááárias vezes aqui, existe solução fácil pra isso, solução que os sindicatos não querem tocar por questões puramente ideológicas (se é que o são). Ora, se o problema é de falta de verba e a universidade serve à sociedade como um todo, porque não regulamentar a doação privada às universidades públicas? No final, os responsáveis por vocês terem aulas em container (se é que é tão ruim assim, porque tem muito aluno mundo afora tendo aula em container e recebendo educação melhor do que em qualquer sala de aula de tijolo e cimento no Brasil) são justamente os sindicatos e DCEs da vida e dos seus próprios estribos ideológicos.

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    12. Rafaela,

      Fundo de greve nenhum seria capaz de custear as despesas dos servidores durante a greve, pois a filiação a sindicato não é obrigatória, ou seja, os sindicatos se mantem com poucos recursos. Mesmo que houvesse, 1% não dá para nada, quanto mais para pagar despesas de trabalhador sem salário; 2 - mais uma vez, se a comparação é com outros países, saiba que no resto do mundo há data-base. Aberração é o Governo ignorar um trabalhador buscando seus direitos e a sociedade achar normal, colocando a culpa neste trabalhador. A escravidão já acabou.

      Quanto à lei que você citou, você omitiu, mas vale mencionar o inciso II - autorização em lei específica. Se o governo não quiser editar a lei, o servidor não tem o que fazer, embora seu direito esteja previsto na Constituição. Legal, né? Se fizessem o mesmo com você na iniciativa privada, você gostaria? Creio que não. Felizmente você não irá passar por isso, pois seus direitos já estão garantidos. Nós ainda estamos lutando pelo nosso.

      O inciso IV fala do óbvio - necessidade de recursos. Se existem? É claro! Mas só para os amigos do rei. Prioritário é aumentar o salário dos parlamentares para 33,7 mil, como ocorreu no final do ano passado. É manter uma legião de comissionados, sem concurso e sem preparo. É construir um shopping de 1 bilhão no Congresso. É pagar 30 mil numa diária de hotel em Nova Iorque. Para o servidor público comum, que só quer a reposição da inflação como qualquer trabalhador, o discurso é de que não há dinheiro.

      Portanto, 1 - greve não lesa o erário. É o governo quem lesa, ao desrespeitar o direito dos trabalhadores; 2 - se quiser que as greves acabem, só há um jeito: lute pela data-base junto com o servidor. Todo o resto é pura perda de tempo e energia.

      Em tempo: além de servidor, também sou aluno da UFF há muitos anos (concluí uma graduação e já estou na minha segunda) e já fui prejudicado em pelo menos 4 greves, só que culpo o personagem correto. Portanto, escrevo como quem conhece bem os dois lados, o do aluno e também o do servidor.

      Abs.

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    13. A questão dos gastos com outros setores do governo nessa discussão nada mais é do que um "red herring", desculpa, apesar de ser uma discussão até ainda mais relevante que a em tela. Infelizmente esse problema só seria resolvido começando-se do zero, mas não vou entrar nesse assunto aqui porque daria muuuuuuito pano pra manga.

      De novo, você está levando meu argumento como algo do tipo "servidor público ganha bem e trabalha mal, não pode ter greve", quando eu já falei trocentas vezes que esse não é o caso, inclusive, concordo, por exemplo, com os encaminhamentos do CLG. A discussão aqui é sobre a greve e o problema de financiamento da educação.

      Já listei todos os meus argumentos sobre a imoralidade da greve, enquanto, me parece, o seu é "você só pensa isso porque não é funcionária pública". Em momento algum você deu algum argumento além de "estamos sendo injustiçados", e, francamente, nós alunos também estamos. Sei bem os motivos públicos da greve, e de novo, a pauta é justa, mas a forma de luta é anti-ética e imoral, e inclusive, não somos só nós, alunos, que achamos isso, como também alguns professores de alto-perfil na comunidade acadêmica.

      Em tempo: Verdade, não sou funcionária pública, mas já fui, durante 4 anos e meio, funcionária pública concursada do executivo, sei como as coisas funcionam no setor público e saí exatamente pelos motivos que você listou.

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    14. Primeiro, obrigada por me chamar de fodona ^^
      "porque não regulamentar a doação privada às universidades públicas?" Pense bem se essa é a melhor solução, vc realmente acha que uma empresa privada não vai querer algo em troca, como favorecimento em licitações, editais e etc? Assim como elas fazem quando financiam campanhas políticas. Não está longe de termos mestrado e doutorado pagos em universidades PÚBLICAS.

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    15. Rafaela Pisani,

      Obrigado pela participação e exposição de suas ideias. Permita-me fazer algumas considerações à sua contestação:

      A "santificada" CLT não dispõe sobre a relação de trabalho do servidor público, que é regida pela Lei 8.112/90. O servidor público não firma Contrato de Trabalho com o Estado, ele assina Termo de Posse que o torna, no âmbito do exercício profissional, o próprio Estado, representando a menor unidade de poder desse Estado.

      A doutrina adotada no Brasil, sobre o vínculo jurídico entre o empregado e empregador no serviço público, não acolheu a teoria da natureza contratualista, mas estatutária. Desta forma, não há que se falar em suspensão do contrato de trabalho e de seus efeitos, como por exemplo o não pagamento de salário. Inclusive, remuneração precedida pelo Servidor Público não é salário; é vencimento.

      A greve não é por mais benefícios. Os benefícios cedidos ao Servidor Público é matéria de legislação, competência do Legislativo. Também não é por mais salário/vencimento; é por devido reajuste pautado nas perdas monetárias, acordos prévios e legislação vigente desrespeitadas pela Administração Pública. Obviamente toda greve tem como pilar central o interesse da categoria, desde que tal interesse seja legal e razoável, possui legitimidade para todos os efeitos.

      A comentarista também se engana a respeito do último parágrafo do meu comentário. Nefasto não é o posicionamento dos alunos contrários à Greve. Nefasto é o vitimismo que se sustenta no egoísmo, ou utilizando um termo mais adequado, estrutura de personalidade fortemente narcisista. Os alunos, na qualidade de Poder Público, bem como de usuário, tem toda legitimidade em se posicionar contra e se conduzir, nos limites da legalidade, contra o movimento grevista. Mas é moralmente desejável que evite se fazer de vítima, que se considere parte alheia ao conflito de interesses, pois na verdade não é, já que é parte do Poder Público e tem todo poder para impor sua vontade - novamente ressaltando, contornado pelos limites legais - à Administração Publica, afinal, "todo poder emana do povo". Sendo assim, se o Governo descumpriu ou se omitiu de seu dever em reajustar efetivamente os vencimentos, em zelar por condições de trabalho satisfatórias, em abrir canal de comunicação com a categoria, toda a Sociedade deve suportar os efeitos dos resultados da má gestão pública, uma vez que além de eleger o Governo, é responsável por sua fiscalização e supervisão. Trazendo para o caso concreto, toda sociedade, incluindo a comunidade universitária é responsável solidariamente pelas ações do Governo. Sendo assim, o aluno pode até ser contra o movimento grevista, discordar das pautas, divergir do entendimento dos servidores, mas não são, de forma alguma, inocentes, vítimas ou parte ilegítima do conflito.

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    16. Este comentário foi removido pelo autor.

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    17. Sandro Andrade,

      Considerando seu raciocínio, por interpretação analógica, se você está insatisfeito com os efeitos da greve na instituição em que está estudando, deveria requerer fechamento da matrícula e procurar outra Instituição de ensino.

      Além disso, se não houver duplo vínculo no seu discurso, ou não sofrer ambivalência afetiva, já que se apresenta tão defensor da iniciativa privada, seria coerente não estar estudando numa Universidade Pública, pois o ensino superior estatal é incompatível com a ideologia liberal.

      Observação: não sou esquerdista; sou liberal e meritocrático extremo, inclusive, defendo o fim ensino superior público, privatização dos serviços secundários e terciários em Saúde, fim do monopólio estatal nos chamados serviços públicos, fim do direito sucessório (mérito é de quem trabalha, não de quem herda), etc. Mas tal discussão não cabe nesse espaço.

      Em fim, sugiro que procure a PUC, universidade de excelência em ensino e é compatível com o pensamento liberal expresso por você.

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    18. Alex, excelente argumentação.

      Contudo, se não estava óbvio no meu comentário, cabe esclarecer que utilizei o termo "contrato" não como algo substantivo e literal, mas sim em termos de equivalência. Acredito até que não foi sua intenção se utilizar de pedantismo pois, como você acabou de provar, sabe muito bem argumentar, mas novamente, o mesmo acontece com o termo salário. Não estamos aqui num tribunal para termos de nos valer de termos literais para sustentar nossos argumentos, os quais mantenho, e os quais podem ser interpredados com o mesmo valor, e sinceramente, gastar metade de sua resposta em tecnicidades de termos é no mínimo desnecessário.

      A sua colocação, feita de maneira muito boa, diga-se de passagem, sobre a responsabilidade compartilhada pela má gestão do governo, contudo corta para os dois lados. Pois da mesma forma que a sociedade em si é responsável pelos atos do governo, também o é a comunidade acadêmica e o sindicato, os quais, salvo engano, foram inclusive fonte de considerável apoio à reeleição do governo atual. Ora, se os alunos e a sociedade devem ombrear as consequências disso, porque não deve o sindicato? É no mínimo hipócrita.

      Mais uma vez, reitero, não sou contra a pauta, já falei isso trocentas vezes, e sinceramente, já está ficando chato repetir. Meu posicionamento é: a pauta é justa e legítima, a greve não. Novamente, para evitar mal-entendidos sucessivos, não falo aqui em termos legais, mas sim éticos.

      Rebeca,

      Quanto à empresa privada querer algo em troca, é verdade, elas querem, mas não é o que você pensa, é dedução de impostos. De fato, o Brasil hoje concentra toda uma série de circunstâncias que na verdade potencializariam e blindariam em muitos casos essas doações. Temos uma das maiores cargas tributárias do mundo e existe pouca ou nenhuma discricionaridade no preenchimento de vagas de graduação em universidades públicas (não digo isso como algo necessariamente ruim), ou seja, o doador tem um retorno tangível da sua doação E não há risco significante de "compra de vagas", pois o critério principal para ingresso na graduação é a nota do ENEM.

      Parece absurdo para você, eu entendo, como já pareceu pra mim. Na verdade estou surpresa (de forma boa) que você não igualou as doações à privatização, parabéns. Mas pergunte para qualquer pessoa que se voluntariou em ONGs, especialmente àquelas que não recebem ajuda do governo e cujas doações não podem ser deduzidas no imposto. Existem fundações que são literalmente dedicadas a dar dinheiro pros outros, e não estou falando de pessoas boazinhas, estou falando de grandes "corporações" cujo único objetivo em fazer doações às vezes milhonárias é a dedução de impostos, que não é em proporção de 1:1, diga-se de passagem.

      Você compara a doação privada à universidade com a doação à partidos políticos, o que é simplesmente... impossível. Na doação a partido político não existe contrapartida legal, ergo surge a contrapartida ilegal. No caso de doação à instituições de ensino existem n mecanismos de contrapartida legais que podem ser utilizados.

      Harvard, Yale e mais de uma centena de universidades americanas, tal qual pelo menos uma dúzia de universidades privadas no Brasil, que em tese não deveriam precisar recorrer a esse mecanismo, provam que a comunidade acadêmica só tem a ganhar em qualidade de ensino e infraestrutura com a participação das entidades privadas no seu crescimento.

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    19. Rafaela, você esquece que uma universidade, como a UFF, não é formada só por graduação quando você cita que o único critério de ingresso é o ENEM, a universidade também possui diversas formas de pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado), ou seja, a sua frase "E não há risco significante de "compra de vagas"", só funciona para graduação e creio que empresas privadas estão mais interessadas na pós do que na graduação, alias como eu disse não está longe de termos cursos de pós-graduação PAGOS em UNIVERSIDADE PÚBLICA. Harvard, Yale e mais de uma centena de universidades americanas são universidades privadas. Algo que não está longe de acontecer por aqui também não, pois o governo gasta bem menos formando um aluno em universidade privada através do FIES e ProUni do que com um aluno que se forma em universidade pública. E cargas tributárias também é uma forma de doação indireta tanto para educação, saúde e etc. Agora, o desvio e má gestão desse dinheiro já é outro assunto.

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    20. Primeiro, Harvard, Yale e a grande maioria das outras universidades que cito NÃO são privadas. É um erro comum achar que só porque cobram tuition são privadas, mas tratam-se de non-profits, e até mesmo as estaduais recebem doações por lá.

      Segundo, até mesmo os processos seletivos de pós são relativamente blindados, pois não se trata de uma pessoa dizendo "este passa, este não", e mesmo os processos de pós têm critérios definidos para atribuição de pontos em provas de títulos etc.

      Terceiro, "cargas tributárias também é uma forma de doação indireta tanto para educação, saúde e etc."? Sério? "Doação" através de imposto é a mesma coisa que aquela brincadeira de telefone sem fio. Você dá R$1000, quando chega no último cara só tem tipo R$30, e não é só porque é divido entre saúde, educação, etc, mas toda a burocracia tem um custo que também é pago por impostos, e isso sem nem tocar em desvio e má gestão.

      Podemos ficar nesse gato e rato o ano todo, o fato é que não existe motivo, além de "PODE ser que aconteça isso ou aquilo" para rechaçar um debate sério sobre o assunto. Ora, alguns programas sociais tinham este mesmo argumento contrário, de que "PODE ser que vire compra de votos", e nem por isso eles são uma má idéia.

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    21. Em tempo: "pois o governo gasta bem menos formando um aluno em universidade privada através do FIES e ProUni do que com um aluno que se forma em universidade pública", isso é uma coisa ruim? o.O

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    22. Então vamos usar o termo que vc quer usar, non-profits, apesar de ser administrado pelo setor privado. Mesmo sendo non-profits eu não teria condições de estudar em nenhuma delas, pelo preço do tuition, que vc sabe muito bem que não é nada barato, assim como qualquer cidadão menos favorecido norte americano não consegue pagar mesmo com bolsas parciais. Sobre as cargas tributárias, eu não sei de onde vc tirou esses número, sem fonte confiável, pq segundo os seus cálculos 97% é gasto com burocracia?! E eu acho engraçado, que vc não aplica essas mesmas coisas na "sua solução" para o problema, então para vc na sua solução não haverá a mesma burocracia e também na sua solução não haverá desvio de doação? Às vezes, eu acho que vc vive no mesmo mundo da Alice. Ué Rafaela, se vc acha a Estácio, Gama Filho e outras particulares melhores do que a UFF então porque não estuda lá através do FIES ou ProUni? Já que vc não acha isso uma coisa ruim, acho meio contraditório o que vc faz e o que vc fala.

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    23. Non-profits não fazem parte do setor privado, Rebeca, fazem parte do chamado terceiro setor. Não é só um termo, é uma diferença administrativa real. E você provavelmente está errada em dizer que não teria condições de estudar em nenhuma delas. O acesso à universidade nos Estados Unidos não é universal, é verdade, mas é MUITO maior do que aqui, o número de bolsas (pra não se falar em valor, que é mais complicado de comparar) é beeeem maior, a infraestrutura de assistência estudantil nem se compara à Brasileira, etc. Lógico que alguns cursos (medicina especialmente) são mais difíceis do que outros, mas no geral a acessibilidade é infinitamente maior, e isso num país onde pra se entrar na faculdade se passa por uma entrevista pior do que entrevistas de empregos.

      Quanto ao número, é claro que não tem fonte confiável, foi uma ilustração, e sério, pela dificuldade que os comentaristas do blog têm em distinguir a apresentação de um fato de uma alegoria, acho que o ensino da UFF já tá falido a muito tempo.

      Quanto ao custo da buracria, o que eu me referia era ao funcionário da Receita Federal, que repassa o dinheiro para um funcionário do Ministério da Fazendo, que repassa o dinheiro para um funcionário do Ministério da Educação que só então repassa o dinheiro para um funcionário da UFF que vai repassando por cada departamento, cada um dos quais precisa receber um salário. Compare isso com uma doação, que é feita diretamente à UFF. Se você não consegue ver a diferença de horas de trabalho despendidas nos dois casos e número de funcionários necessários, bom...Não vou me estender. Novamente, isso é uma alegoria, não é um workflow exato da tributação.

      De novo, tente ser voluntária na área de captação de uma ONG (recomendo a Make-a-Wish que faz você passar por todo o processo desde a captação até o operacional) e você vai entender muito mais sobre como funcionam as doações e, principalmente, sobre quem doa (uma dica: não é a Camargo Corrêa).

      Não que seja da sua conta ou relevante para a discussão em tela, mas eu gostaria MUITÃO de poder estudar numa particular pelo FIES. INSPER SEU LINDO <3. Infelizmente eu não me enquadro nas regras do programa, e, por meu nome ter restrição e eu não ter ninguém disposto a ser meu fiador, não posso entrar via ProUni. Ah, e acho que o INSPER tb não aceita nenhum dos dois :/ Fora que ia ter despesas com moradia, alimentação e etc. Por que tô te dizendo isso? Pra ver se você pára de julgar os outros pelas suas opiniões e posições, isso é muito feio.

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    24. Em tempo: Onde se lê - "Não que seja da sua conta ou relevante para a discussão em tela, mas eu gostaria MUITÃO de poder estudar numa particular pelo FIES. INSPER SEU LINDO <3. Infelizmente eu não me enquadro nas regras do programa, e, por meu nome ter restrição e eu não ter ninguém disposto a ser meu fiador, não posso entrar via ProUni."

      Leia-se : "Não que seja da sua conta ou relevante para a discussão em tela, mas eu gostaria MUITÃO de poder estudar numa particular pelo ProUni. INSPER SEU LINDO <3. Infelizmente eu não me enquadro nas regras do programa, e, por meu nome ter restrição e eu não ter ninguém disposto a ser meu fiador, não posso entrar via FIES."

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    25. Alex Siqueira

      Apesar de não fazer muito sentido prolongar esse debate, mesmo estando bastante interessante, especialmente as considerações da Rafaela Pisani que demonstra ter uma erudição digna de uma Ministra do STF, eu gostaria de salientar que concordo contigo, meu perfil liberal condiz mais com o estilo da PUC e seria a realização de um sonho estudar lá (quem sabe no futuro), mas infelizmente, assim como a Rafaela, tenho algumas "restrições" e a UFF coube como uma luva às minhas necessidades. No mais, fiquei feliz em conhecer a opinião de todos e acho realmente que a única coisa útil dessa greve foi esse pequeno debate, aqui neste blog.

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    26. Eu estou errada em dizer que não teria condições de estudar em Harvard e etc? Poxa, acabei de conhecer alguém que sabe mais das minhas condições financeiras e sociais do que eu. Infelizmente procurei, mas não encontrei uma fonte que eu tinha e nela traçava o perfil social da maioria dos alunos das principais universidades "non-profits" da américa do norte. E os números mostrado lá contradizem totalmente o que vc disse, pois quase 90% dos alunos de lá tem condições financeiras muito alta e essas bolsas que vc citou ai que é muito maior que no Brasil, a maioria delas são parciais, e normalmente, é dado para alunos desfavorecidos financeiramente que se destacam muito nos esportes e/ou sejam muitoooo inteligentes. Algo que eu realmente não me enquadraria, pq não sou boa em esportes e infelizmente não tive uma educação de qualidade, pois sempre estudei em escolas públicas e precárias do interior do estado. Ou seja, pagar, mesmo que parcial, em torno de 50 mil dólares por ano em Harvard, não é nem um pouco viável para mim.

      Eu sei que os números não confiáveis que você postou foi para ilustrar, mas está claro que vc ilustrou querendo puxar sardinha para o seu lado, pq 97% só com burocracia foi um exagero extremo de sua parte, sei que esse dinheiro passa por diversos setores até chegar ao "usuário final", mas como vc mesma disse em posts anteriores, são altos valores de carga tributária recebido, mas infelizmente, no Brasil existe uma má gestão e desvio desse dinheiro, algo que não está isento de acontecer em doações direta para as universidades, concordo que alguns níveis será cortado na hora do repasse, mas mesmo assim não vai cair direto para o usuário final, pq uma universidade, como a UFF, possui diversos setores até chegar ao usuário final.

      Em relação a pós-graduação, vc disse "até mesmo os processos seletivos de pós são relativamente blindados, pois não se trata de uma pessoa dizendo "este passa, este não", e mesmo os processos de pós têm critérios definidos para atribuição de pontos em provas de títulos etc." vc realmente tem certeza disso? Acho que vc precisa ficar mais ligada.

      Eu não te julguei, apenas perguntei. Realmente não é relevante, mas isso me deixou curiosa, pois inicialmente, em uns posts antigos, vc disse que não teria condições de arcar em uma universidade particular e agora diz que não se enquadra no perfil do ProUni.

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    27. "E os números mostrado lá contradizem totalmente o que vc disse, pois quase 90% dos alunos de lá tem condições financeiras muito alta", óbvio, comparado ao brasil 90% dos americanos tem condições financeiras muito altas, hahaha. A maioria das pessoas que são aceitas em Harvard se matricula. E mais, se você for olhar, o aluno médio de Harvard têm 76% do seu tuition custeado por bolsas estaduais, federais ou privadas (fonte: https://college.harvard.edu/admissions/admissions-statistics). Óbvio que pra um brasileiro, até mesmo de classe alta, é complicado, até porque o tuition é maior para estudantes internacionais, mas sendo americana e passando no processo de admissão, suas chances de se formar são altas. É verdade, eu acho que não me expressei bem, eu estava falando em termos relativos, ou seja, se você fosse americana. Pra um brasileiro as coisas são extremamente difíceis mesmo.

      Também é verdade que doações privadas, particularmente no Brasil, onde impera a cultura do errado, não estão imunes de desvios ou outros problemas, mas é justamente por isso que tem de ser regulamentado, e não feito à torto e à direito. Um arcabouço legal claro e bem definido é a chave para o sucesso nesse caso. Dito isso, sugiro novamente que dê uma procurada no que outras universidades estão fazendo com doações. O próprio INSPER, que eu me referi antes, teve se não me engano dois prédios novos construídos com mais ou menos 50% dos custos cobertos por doações de ex-alunos. Inclusive até a USP já teve reformas feitas com doações (que graças ao DCE teve de ser devolvida!).

      Além do mais, como eu já falei, "pode ser que aconteça" não é um argumento válido para barrar uma discussão válida sobre algo que poderia muito bem transformar a realidade do ensino nesse país, desculpa.

      Quanto aos critérios de seleção da pós-graduação, sim eu tenho certeza. Inclusive se duvidar é mais fácil comprar o gabarito do ENEM que uma vaga na pós.

      Por fim, você parece acreditar que o ProUni é um programa ideal em termos de cobertura, e sou eu que moro no mundo da Alice? Hahahaha. Para ilustrar, a mensalidade do meu curso no INSPER é mais de R$3000. Na Estácio é provavelmente R$1500. Preciso fazer as contas pra te mostrar como é possível não estar enquadrado no ProUni mas não poder pagar a mensalidade?

      E Sandro, hahaha, preciso dizer, não sei se você estava sendo sarcástico ou falando sério ao me comparar com ministros do STF, mas obrigada. E concordo com você que provavelmente a melhor coisa sobre a greve foi esse debate. Chega à ser estranho, mas a impressão que eu tenho é que há muito pouco espaço para debate dentro da universidade.

      Abs a todos, nos vemos na próxima greve (!)

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    28. P.S. Rebeca, mais uma fonte pra você entender como funciona o pagamento de mensalidades em Harvard: https://college.harvard.edu/financial-aid/how-aid-works/fact-sheet

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  45. Ministério da Educação garantiu a matricula de qualquer um que passesse no Sisu 2.2015. A faculdade assinou um contrato ao entrar nesse Sisu. Se eles resolverem "cancelar" a matricula. Pode entrar com mandato de segurança na justiça, com certeza ganha.

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    1. Ai ai, pré-calouro é triste com essa história de perder matrícula, a greve poderia dura 100 anos, vc iria morrer, mas não iria perder a matrícula. Oh meu deus, como calouro é bobo né. Aprende coleguinha, se vc passou em um concurso, a vaga é sua, exceto se vc falsificou algum documento que é requisito.

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  47. A greve dos técnicos continua até que ocorra a assinatura do acordo entre o MPGO e a FASUBRA.

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  48. A greve dos técnicos continua até que ocorra a assinatura do acordo entre o MPGO e a FASUBRA.

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