terça-feira, 18 de agosto de 2015

Servidores federais ‘acampam’ na Cinelândia para expor motivos da greve

Tendas foram montadas e reúnem diversos setores do funcionalismo em greve no Rio; comunidade acadêmica da UFF participa do ato, que deverá se deslocar mais tarde para a sede da Fazenda no Rio

Servidores de diversos segmentos do funcionalismo público federal ergueram tendas e fazem uma série de atividades na Cinelândia, no Centro do Rio, nesta terça-feira (18), para expor à população os motivos que os levaram à paralisação por tempo indeterminado ou ao processo de mobilização. Docentes, técnicos e estudantes da Universidade Federal Fluminense participam.

A maioria dos discursos condena o ‘ajuste fiscal’ do governo e ressalta que recursos estão sendo desviados dos serviços públicos para atender ao setor privado, seja por meio do pagamento dos juros das dívidas públicas, seja pelo financiamento do lucro de setores empresariais ligados, por exemplo, à educação e à saúde. O professor da UFF Juarez Duayer, disse do carro de som central do ato que dinheiro que poderia estar financiando a criação de vagas e a permanência dos estudantes nas universidades públicas está sendo direcionado ao mercado privado da educação, através de programas como o Fies. 

Após as atividades na Cinelândia, da qual participam ainda estudantes e movimentos sociais, a intenção é sair em passeata, por volta das 16 horas, até o prédio do Ministério da Fazenda no Rio de Janeiro, na av. Antonio Carlos, a menos de um quilômetro dali. Manifestações similares dos servidores em greve estão ocorrendo em outras cidades e estados do país

Em Brasília, a expectativa é de que milhares de trabalhadores do Judiciário Federal protestem em frente ao Congresso Nacional para defender a derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto salarial da categoria. Servidores de outros setores, entre eles da educação, devem participar e prestar apoio. O projeto prevê o uso de valor equivalente a cerca de 30% da folha salarial da categoria para reposição salarial. A eventual derrubada do veto poderia ajudar a pressionar o governo a elevar o patamar de 21,3% de reajuste até janeiro de 2019, fixado pelo Ministério do Planejamento para o conjunto do funcionalismo.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
Fotos: servidores públicos federais na Cinelândia, nesta terça-feira (18)
crédito: Luiz Fernando Nabuco/Aduff


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