quarta-feira, 8 de julho de 2015

Sarau no 'Mar de Tethys' reúne comunidade da UFF no campus do Gragoatá


DA REDAÇÃO DA ADUFF
Fotos: Luiz Fernando Nabuco

Não há outro caminho se não pela ação humana para enfrentar o que quer nos desumanizar”, disse Jonathan, aluno do curso de História, durante sarau realizado ao final da tarde de ontem (7). Enquanto muitos professores e estudantes da UFF, de Niterói e dos campi fora de sede, estavam em Brasília participando das atividades de greve previstas para a segunda e a terça dessa semana, outros tantos se reuniram para compartilhar de momentos de bastante sensibilidade, sem deixar de lado o pensamento crítico, ao redor do Mar de Tethys, lendário barco que, há anos, está “ancorado” próximo ao bloco B, no campus do Gragoatá.

Foi possível apreciar as charges do professor do curso de Ciências Sociais/ Campos dos Goytacazes, Márcio Malta, o Nico; os registros fotográficos de algumas atividades de greve feitas por Luiz Fernando Nabuco; os primeiros acordes da estudante de violino e professora do curso de História/Niterói, Tatiana Poggi; música irlandesa, e ainda as canções interpretadas por Nathy Cristo. Houve também leitura dramatizada (com gosto de quero mais!) das duas primeiras cenas de “A Revolução na América do Sul” (1961), de Augusto Boal, muito bem interpretadas pelos professores Kênia Miranda e José Rodrigues, da Educação/ Niterói, e pelos estudantes Daniel e Alice; e ainda deliciar-se com bastante poesia, evocando Paulo Leminski, Ferreira Gullar, Carlos Drummond de Andrade, Hilda Hilst e muitos outrosgênios das letras.

Essa é a minha primeira greve como professor de uma Universidade Pública”, disse Paulo Terra, docente de História/Campos dos Goytacazes. “A paralisação das atividades nos permite novos encontros e evidencia como o nosso cotidiano é atribulado. Contribui para que repensemos nossas práticas marcadas pelo produtivismo, que levam ao adoecimento de muitos colegas. Momentos como esses também nos fazem pensar a universidade de forma menos hierarquizada, transpondo os limites dos nossos saberes, compartilhando experiências com alunos e professores de outros cursos para além da sala de aula”, afirmou.  

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