DA REDAÇÃO DA ADUFF
Fotos: Luiz Fernando Nabuco
“Não
há outro caminho se não pela ação humana para enfrentar o que
quer nos desumanizar”, disse Jonathan, aluno do curso de História,
durante sarau realizado ao final da tarde de ontem (7). Enquanto
muitos professores e estudantes da UFF, de Niterói e dos campi fora
de sede, estavam em Brasília participando das atividades de greve
previstas para a segunda e a terça dessa semana, outros tantos se
reuniram para compartilhar de momentos de bastante sensibilidade, sem
deixar de lado o pensamento crítico, ao redor do Mar
de Tethys,
lendário barco que, há anos, está “ancorado” próximo ao bloco
B, no campus do Gragoatá.
Foi
possível apreciar as charges do professor do curso de Ciências
Sociais/ Campos dos Goytacazes, Márcio Malta, o Nico; os registros
fotográficos de algumas atividades de greve feitas por Luiz Fernando
Nabuco; os primeiros acordes da estudante de violino e professora do
curso de História/Niterói, Tatiana Poggi; música irlandesa, e
ainda as canções interpretadas por Nathy Cristo. Houve
também leitura dramatizada (com gosto de quero mais!) das duas
primeiras cenas de “A Revolução na América do Sul” (1961), de
Augusto Boal, muito bem interpretadas pelos professores Kênia
Miranda e José Rodrigues, da Educação/ Niterói, e pelos
estudantes Daniel e Alice; e ainda deliciar-se com bastante poesia,
evocando Paulo Leminski, Ferreira Gullar, Carlos Drummond de
Andrade, Hilda
Hilst e muitos outrosgênios das letras.
“Essa
é a minha primeira greve como professor de uma Universidade
Pública”, disse Paulo Terra, docente de História/Campos dos
Goytacazes. “A paralisação das atividades nos permite novos
encontros e evidencia como o nosso cotidiano é atribulado. Contribui
para que repensemos nossas práticas marcadas pelo produtivismo, que
levam ao adoecimento de muitos colegas. Momentos como esses também
nos fazem pensar a universidade de forma menos hierarquizada,
transpondo os limites dos nossos saberes, compartilhando experiências
com alunos e professores de outros cursos para além da sala de
aula”, afirmou.
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