terça-feira, 6 de outubro de 2015

Primeira assembleia pós-greve aponta necessidade de levar adiante negociações com o governo


Na tarde desta terça-feira (06) os docentes da Universidade Federal Fluminense (UFF) se reuniram na primeira assembleia geral após a greve de quatro meses da categoria para avaliar os rumos da mobilização. Os professores presentes no auditório do Bloco F, no Gragoatá, fizeram uma rodada de falas sobre a greve e a contraproposta do governo, enviada ao ANDES-SN no dia 24 de setembro.

Em assembleia, os docentes ponderaram que embora a proposta do governo não seja uma vitória (com índice de reajuste muito inferior aos 27,3% em parcela única reivindicado pelos trabalhadores), ela foi uma conquista da greve dos docentes e das diversas categorias do funcionalismo público, já que antes do movimento o horizonte era de reajuste zero. 

Também frizaram que aceitar a proposta do governo não significa abandonar a pauta de luta da greve mas minimizar as perdas inflacionárias da categoria, além de reiterarem que os problemas denunciados pelo movimento grevista irão se agravar no próximo período e que é fundamental que os docentes continuem mobilizados. Afinal, não houve avanços na pauta salarial, de carreira e condições de trabalho. Pelo contrário, houve mais cortes no orçamento da Educação - e se nacionalmente o ministro da Educação não recebeu o movimento grevista, localmente o reitor da UFF também não fez qualquer esforço para debater as pautas internas da universidade com o comando local de greve.

Reunidos na instância de deliberação da categoria, os professores presentes na assembleia deliberaram encaminhar ao Comando Nacional de Greve (CNG) as seguintes proposições:

- Autorizar o CNG – e após o fim da greve, a Diretoria Nacional do Andes-SN e o setor das federais - a negociar acordo com governo, tomando como patamar mínimo os 10,8% em duas vezes (sendo 5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017) mais auxílio-alimentação de R$ 373 para R$ 458, auxílio à assistência saúde de R$ 117,78 para R$ 145, auxílio-creche de R$ 73,07 para R$ 321)

- Buscar negociar que esse acordo contemple o máximo de elementos da contraproposta apresentada pelo ANDES-SN. Clique aqui para conhecer a proposta do sindicato nacional na íntegra. 

- Manter a luta nacional nas instituições federais de ensino pelas condições de trabalho

- Convocar o setor das federais para avaliar a greve e seus desdobramentos para o primeiro final de semana após o fim da greve nacional. Na última reunião do CNG, definiu-se o período do dia 13 ao dia 16 de outubro como a data de saída unificada da greve


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